EUA estão preparando intervenção militar na Venezuela, diz Nikolai Patrushev

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Publicado Terça, 26 de Fevereiro de 2019 às 07:40, por: CdB

Segundo Patrushev, a Venezuela não aceitou a ajuda humanitária americana porque entende que Washington planeja derrubar o presidente legítimo Nicolás Maduro.

Por Redação, com Sputnik - de Moscou

Enviando militares à Colômbia e Porto Rico, os EUA estão preparando uma intervenção militar na Venezuela, disse o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev.
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Enviando militares à Colômbia e Porto Rico, os EUA estão preparando uma intervenção militar na Venezuela
Segundo Patrushev, a Venezuela não aceitou a ajuda humanitária norte-americana porque entende que Washington planeja derrubar o presidente legítimo Nicolás Maduro. – Manifestando sarcasmo e arrogância em relação ao povo venezuelano, os EUA estão preparando uma intervenção militar em um Estado soberano – disse ele em uma entrevista ao jornal russo Argumenty i Fakty.

Para Patrushev, "o envio das forças especiais norte-americanas ao território de Porto Rico, o desembarque de unidades das Forças Armadas dos EUA na Colômbia e outros fatos revelam claramente que o Pentágono está reforçando seu agrupamento de tropas na região para usá-las na operação para remover do poder o atual presidente legitimamente eleito (Nicolás) Maduro".

– A grave situação humanitária no país a que se refere Washington foi causada precisamente pelas sanções e embargo norte-americanos. Neste contexto, está sendo impingida sua ajuda humanitária – afirmou o secretário. Ele sublinhou também que a Rússia aceitou a proposta dos EUA para realizar consultas sobre a Venezuela, mas eles próprios "evitam-nas sob falsos pretextos, adiando os prazos acordados". No sábado, a oposição venezuelana tentou fazer entrar na Venezuela, a partir do Brasil e da Colômbia, a chamada ajuda humanitária que inclui medicamentos e alimentos dos EUA e outros países. As autoridades venezuelanas rejeitaram as entregas da ajuda patrocinada pelos EUA e afirmaram que as declarações sobre a crise humanitária se destinam a justificar uma invasão da Venezuela.

Ajuda humanitária

A ajuda humanitária que Washington pretendia enviar à Venezuela continha medicamentos fora de prazo e comida vencida, disse o embaixador venezuelano na Rússia, Carlos Rafael Faría Tortosa.
– É de acrescentar que os EUA estão nos enviando produtos que ninguém inspecionou. Fontes nos disseram que as caixas continham alimentos vencidos e medicamentos fora de prazo e inutilizáveis – disse Tortosa ao jornal russo Izvestia. O embaixador revelou que nenhuma organização responsável pela inspeção de caminhões com ajuda humanitária, incluindo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, inspecionou a ajuda humanitária americana.

Faría Tortosa sublinhou que a Venezuela não rejeitou ajuda humanitária estrangeira em geral. Por exemplo, ela aceitou sete toneladas de medicamentos da Rússia porque o governo venezuelano está certo que essa ajuda foi prestada sinceramente, sem nenhumas "armadilhas".

A crise na Venezuela se agravou em 23 de janeiro, quando o líder da oposição, Juan Guaidó, se declarou presidente interino. Ele foi quase imediatamente reconhecido pelos Estados Unidos e alguns outros países. Rússia, China e México, entre outras nações, manifestaram seu apoio a Maduro, que por sua vez acusa Washington de tentar orquestrar um golpe.
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