‘EUA já começaram uma guerra’, declara embaixador do Irã na ONU

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Publicado Sábado, 04 de Janeiro de 2020 às 13:19, por: CdB

Ravanchi comentou a tensão que se instaurou entre o Irã e os EUA após o assassinato do general Qasem Soleimani.

 
Por Redação, com agências internacionais - de Genebra.
  “Os EUA já começaram uma guerra, não apenas em termos econômicos, mas em algo a mais matando um de nossos generais mais importantes, cuja perda é lamentada não apenas pelos iranianos, mas também por outros povos da região. Portanto, não podemos simplesmente fechar os olhos para o que aconteceu ontem à noite: definitivamente haverá uma vingança dura”. A declaração é do embaixador iraniano na ONU, Majid Takht Ravanchi, neste sábado.
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Ravanchi disse que os EUA estão em uma guerra aberta contra o Irã, e receberão a resposta devida após o assassinato de Soleimani
Ravanchi comentou a tensão que se instaurou entre o Irã e os EUA após o assassinato do general Qasem Soleimani. Ao falar sobre as declarações do secretário de Estado, Mike Pompeo, sobre o suposto ataque iminente planejado por Soleimani contra os norte-americanos, em entrevista ao canal norte-americano de TV CNN, o diplomata considerou as alegações infundadas. — Definitivamente rechaçada (a acusação). Se eles têm alguma evidência, devem mostrá-la. Eles devem fornecer a evidência — disse Ravanchi.

Guerra

O embaixador também comentou as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que disse que os EUA não buscam mudar o sistema político do Irã. — O que importa são as ações de Washington, não suas palavras. Mas o que elas estão realmente fazendo é pressionar bastante o povo iraniano — disse. Ao ser questionado sobre as ações de resposta prometidas pelo governo iraniano após a morte de Soleimani,o embaixador afirmou que os EUA já "começaram uma guerra”.

Alvos vitais

Assim como Tel Aviv, 35 alvos vitais norte-americanos no Oriente Médio estão "ao alcance do Irã", disse o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Gholamali Abuhamzeh, citado pela agência de notícias Tasnim, também neste sábado. — O estreito de Ormuz é um ponto vital para o Ocidente e um grande número de destróieres e navios de guerra americanos cruzam lá (…). Alvos vitais norte-americanos na região foram identificados pelo Irã há muito tempo (…) cerca de 35 alvos norte-americanos na região, bem como Tel Aviv, estão ao nosso alcance — disse o comandante militar. O oficial iraniano acrescentou que Teerã se reserva o direito de retaliar contra os EUA pelo assassinato do chefe da Força Quds, levantando a perspectiva de possíveis ataques a navios no Golfo. Neste sábado, o líder da coalizão política parlamentar do Hezbollah no Líbano, Mohamed Raad, declarou que a resposta do eixo de resistência apoiado pelo Irã ao assassinato do general seria decisiva, citou o Al-Mayadeen. O Departamento de Estado sublinhou que Washington vai continuar a sua dura política de sanções contra o Irã “e já tomou as medidas necessárias para proteger os seus bens no Oriente Médio”, acrescentou a emissora Al-Arabiya.

Soleimani

As tensões entre Washington e Teerã aumentaram após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que foi assassinado em Bagdá na sexta-feira, durante ataque aéreo autorizado pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Os EUA descreveram a sua ação como uma medida preventiva para evitar um conflito militar e proteger os militares americanos que estão na região. Após o assassinato de Soleimani, as autoridades iranianas ameaçaram retaliar para vingar a morte do general. Ele foi sucedido pelo brigadeiro-general Esmail Ghaani, que anteriormente era o segundo em comando, na unidade das forças especiais iranianas.
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