EUA e Talebã concordam com a retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão

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Publicado Terça, 12 de Março de 2019 às 10:07, por: CdB

De acordo com a agência, as fontes confirmaram que o Talebã concordou em cortar os laços com todos os grupos terroristas, incluindo a al-Qaeda*, e se unir na luta contra eles.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Os Estados Unidos têm conduzido uma operação militar contra insurgentes do Talibã no Afeganistão desde 2001. A nova rodada de negociações entre a delegação norte-americana e representantes do grupo começou em 25 de fevereiro.
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Os Estados Unidos têm conduzido uma operação militar contra insurgentes do Talibã no Afeganistão desde 2001
No último dia da quinta rodada das negociações em Doha, a delegação dos EUA e o Talebã elaboraram um acordo sobre o combate ao terrorismo e a retirada das tropas americanas do Afeganistão, informou a TOLOnews. O veículo de comunicação, no entanto, não especificou os detalhes do acordo, dizendo apenas que se tratava de um documento escrito nas línguas inglesa e pashtu. De acordo com a agência, as fontes confirmaram que o Talebã concordou em cortar os laços com todos os grupos terroristas, incluindo a al-Qaeda*, e se unir na luta contra eles. Enquanto isso, à agência inglesa de notícias Reuters informou que nenhum acordo sobre o cronograma para a retirada de tropas estrangeiras foi alcançado ainda. De acordo com a agência, os dois lados se encontrarão para a próxima rodada de negociações no futuro próximo.

 Operação contra Daesh

O porta-voz da Coalizão liderada pelos EUA disse na segunda-feira que "não há provas" da existência de vítimas entre civis locais durante os recentes ataques na aldeia síria de Baghuz. Declaração contradiz informação da TV estatal Al-Ikhbariyah, que na semana passada responsabilizou a operação militar pela morte que pelo menos 50 civis.
O porta-voz Coronel Sean Ryan disse à Sputnik na semana passada que a Coalizão liderada pelos EUA negava veementemente as alegações de que utilizou fósforo branco em ataque a Baghuz, conforme acusou a TV estatal Al-Ikhbariyah. As Forças Democráticas da Síria (FDS), apoiadas pelos Estados Unidos, anunciaram no começo do mês a retomada de ofensiva em Baghuz, após concluir a evacuação de civis e se esgotar prazo para que jihadistas do Daesh* se entregassem. Segundo a FDS, apenas terroristas permaneceram na cidade, descrita pelos curdos como o "último grande reduto do grupo terrorista Daesh na região". Enquanto isso, o co-presidente da missão norte-americana do Conselho Democrático Sírio (SDC), Bassam Ishak, disse à Sputnik que a batalha pela cidade síria de Baghuz estava sendo conduzida de forma devagar para proteger os reféns mantidos pelos terroristas do Daesh. O chefe da assessoria de imprensa das Forças Democráticas da Síria, Mustafa Bali, disse anteriormente que cerca de 15 mil pessoas deixaram a área nas últimas duas semanas. Segundo as FDS, a maioria dos militantes do Daesh que permanecem em Baghuz são estrangeiros. Forças lideradas pelos EUA estão realizando ataques aéreos e outras operações militares na aldeia de Baghuz em Deir Ez-Zor. As operações da Coalizão na Síria não são autorizadas pelo governo sírio ou pelo Conselho de Segurança da ONU.  
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