Famílias brasileiras reduzem a intenção de elevar o consumo

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Publicado Terça, 25 de Junho de 2019 às 17:17, por: CdB

Na comparação com maio, todos os sete componentes da ICF apresentaram queda, com destaque para a avaliação sobre o momento para compra de bens duráveis, que recuou 5,7%, e para a perspectiva de consumo, que caiu 5%.

 
Por Redação - de São Paulo
  A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 3,5% na passagem de maio para junho e marcou 91,3 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. Essa é a quarta queda consecutiva do indicador, que já tinha caído 1,7% de abril para maio. Apesar disso, na comparação com junho do ano passado, a ICF cresceu 5,3%.
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Desemprego eleva inadimplência e afeta o consumo
Na comparação com maio, todos os sete componentes da ICF apresentaram queda, com destaque para a avaliação sobre o momento para compra de bens duráveis, que recuou 5,7%, e para a perspectiva de consumo, que caiu 5%. Na comparação com junho de 2018, seis componentes tiveram alta. A exceção foi a perspectiva profissional, que caiu 1%. A maior alta foi observada no item nível de consumo atual (13%). Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a ICF de junho “espelhou o menor grau de confiança dos consumidores com relação à melhora da economia e, por conseguinte, às intenções de consumo, podendo vir a se refletir em menores vendas do comércio mais para a frente”.

PIB estável

Em linha com o desânimo dos consumidores, a economia brasileira deve ficar perto da estabilidade, neste segundo trimestre, com uma “nítida” interrupção em seu processo de recuperação. Trata-se do reflexo de uma mudança na dinâmica da atividade depois do segundo trimestre de 2018, avaliou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nesta terça-feira. Na ata de sua última reunião de política monetária —quando deixou na semana passada a Selic em 6,50% ao ano—, o Copom disse que os principais choques sofridos pela economia brasileira ao longo de 2018 se dissiparam e que as condições financeiras já caminharam para território “mais estimulativo”. “Após leve recuo no primeiro trimestre de 2019, em decorrência dessa perda de dinamismo e de alguns choques pontuais, o Produto Interno Bruto (PIB) deve apresentar desempenho próximo da estabilidade no segundo trimestre”, avaliou o Copom. “Nesse contexto, o cenário básico do Copom contempla retomada do processo de recuperação econômica adiante, de maneira gradual”, conclui o Copom.
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