França quer acesso maior a algorítmos do Facebook para combater discurso de ódio

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Publicado Sexta, 10 de Maio de 2019 às 08:31, por: CdB

O documento vem depois que o Facebook ter sido duramente criticado por políticos e pelo público por não conseguir remover mais rapidamente imagens do ataque a tiros em Christchurch, Nova Zelândia, de sua rede.

Por Redação, com Reuters - de Paris/Londres

Autoridades francesas devem ter mais acesso aos algoritmos do Facebook e maior escopo para auditar as políticas internas da empresa de mídia social contra o discurso de ódio, concluiu um relatório encomendado pelo presidente Emmanuel Macron.
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Autoridades francesas devem ter mais acesso aos algoritmos do Facebook
O documento vem depois que o Facebook ter sido duramente criticado por políticos e pelo público por não conseguir remover mais rapidamente imagens do ataque a tiros em Christchurch, Nova Zelândia, de sua rede. Cerca de 50 pessoas foram mortas no ataque, com imagens circulando online por dias. O presidente francês, que se reuniu com o fundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, nesta sexta-feira, quer que a França assuma um papel de liderança na regulamentação de tecnologia, buscando um equilíbrio entre o que ele entende como postura de laissez-faire dos EUA e a mão de ferro da China. O relatório de 33 páginas, escrito em conjunto por um ex-chefe de relações públicas do Google França, recomenda aumentar a supervisão da maior rede de mídia social do mundo e permitir que um regulador independente policie os esforços de grandes empresas de tecnologia para lidar com o discurso de ódio. – A inadequação e a falta de credibilidade na abordagem de autorregulação adotada pelas maiores plataformas justificam a intervenção pública para torná-las mais responsáveis – disse o relatório. Empresas como o Facebook não podem simplesmente se declarar transparentes, acrescentou, observando que a verificação da integridade dos algoritmos que eles usam é uma tarefa particularmente complexa.

Hackers

Hackers que roubaram bitcoins no valor de mais de US$ 40 milhões  da bolsa de criptomoedas Binance transferiram as moedas para uma série de carteiras digitais, disseram pesquisadores na quinta-feira, lançado pistas para aqueles que estão por trás do crime. A Binance, uma das maiores bolsas do mundo, informou na quarta-feira que hackers roubaram cerca de 7 mil bitcoins, no mais recente de uma série de roubos de criptomoedas que atingiram bolsas ao redor do mundo. Segundo a Coinfirm, empresa de análise de blockchain sediada em Londres, os hackers transferiram os bitcoins roubados por meio de várias carteiras digitais, com quase todas as moedas depositadas em sete endereços digitais agora. O roubo continua a ser um grande problema para o emergente setor de criptomoedas, com ataques de alto perfil que alarmam reguladores e levantam questões para investidores maiores sobre se as moedas digitais podem ser armazenadas e comercializadas com segurança. As perdas de moedas digitais com hackers e fraudes atingiram 1,2 bilhão de dólares entre janeiro e março, cerca de 70 por cento do nível de todo o ano de 2018. Embora o movimento de criptomoedas possa ser rastreado, a identidade e localização dos hackers ou proprietários das carteiras que detêm as moedas roubadas é desconhecida, disse Coinfirm. Ainda assim, as descobertas podem oferecer pistas para a identidade dos hackers. Para converter o bitcoin em dinheiro tradicional, os hackers teriam que transferir as moedas roubadas para uma bolsa de criptomoedas, o que geralmente requer detalhes das identidades dos titulares das contas. Mas tais verificações estão, na verdade, longe de serem seguras, disse Pawel Alexsander, diretor de informações da Coinfirm. – As bolsas são obrigadas a ter processos KYC (know-your-customer) preparados. Na prática, muitos deles não fazem isso corretamente – disse ele. “As pessoas podem abrir contas falsas e depositar os fundos nessa conta.” A Binance, com sede em Malta, mas com mais de 400 funcionários espalhados por mais de 40 países, foi a bolsa mais importante a ser atingida desde que hackers roubaram criptomoedas no valor de US$ 530 milhões da Coincheck em janeiro de 2018. Uma porta-voz da Binance não respondeu imediatamente às ligações e mensagens em busca de comentários.
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