França: Facebook, Google e empresas de mídia lançam iniciativa para combater notícias falsas

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Publicado Segunda, 06 de Fevereiro de 2017 às 10:47, por: CdB

O Facebook foi alvo de críticas por não fazer o suficiente para impedir que informações falsas fossem republicadas em sua plataforma durante a campanha presidencial norte-americana

Por Redação, com Reuters - de Paris:

Facebook, Google e empresas de mídia lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa para combater a circulação de notícias falsas na França, à medida que se aproximam as eleições presidenciais do país.

O Facebook disse que vai trabalhar com várias companhias jornalísticas, incluindo Agence France-Presse, BFM TV e os jornais L'Express e Le Monde, para garantir que notícias falsas não sejam publicadas em sua plataforma.

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Facebook, Google e empresas de mídia lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa para combater a circulação de notícias falsas na França

O Google também participará da iniciativa, chamada de Cross Check pelos parceiros.

O Facebook foi alvo de críticas por não fazer o suficiente para impedir que informações falsas fossem republicadas em sua plataforma. Durante a campanha presidencial norte-americana. Em resposta, adotou medidas para combater o problema.

Preocupações similares sobre a disseminação de notícias falsas ganharam força antes das eleições na França, que acontecem em abril e maio.

Nos Estados Unidos, o Facebook informou que os usuários futuramente conseguirão identificar com maior facilidade artigos falsos. E que vem trabalhando com organizações como o site de verificação de informações Snopes, a ABC News e a Associated Press para checar a autenticidade das histórias.

No mês passado, a empresa também lançou iniciativa contra notícias falsas na Alemanha. Onde autoridades do governo temem que a disseminação de discursos de ódio e notícias falsas possam influenciar as eleições parlamentares em setembro. Nas quais a chanceler alemã, Angela Merkel, buscará seu quarto mandato.

Programa de vistos

Entre os principais empregadores de tecnologia do Vale do Silício, o Facebook poderia ser a empresa mais vulnerável à esperada repressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos vistos de trabalho temporário, de acordo com uma análise da agência inglesa de notícias Reuters de documentos do Departamento de Trabalho dos EUA.

Mais de 15 % dos funcionários do Facebook em 2016 usaram visto de trabalho temporário. Dando ao líder de mídia social uma classificação legal como uma empresa H-1B "dependente". Essa é uma proporção maior do que o da Google da Alphabet, da Apple, da Amazon.com ou Microsoft.

Isso poderia causar problemas para o Facebook se Trump ou o Congresso decidirem tornar o programa H-1B mais restritivo. Como o presidente e alguns parlamentares republicanos ameaçaram fazer.

Tanto Trump como o procurador-geral nomeado, senador Jeff Session, se opuseram ao programa na sua forma atual. Eles também indicaram que estão abertos a reformulá-lo para "garantir que os beneficiários do programa sejam os melhores e os mais brilhantes". De acordo com um projeto de decreto presidencial visto pela Reuters.

A Reuters não pôde confirmar imediatamente a autenticidade do rascunho.

A administração Trump não propôs nenhuma nova regulamentação que mirando empresas com a classificação H-1B "dependente". Mas o fato de que, entre as principais empresas de tecnologia. O Facebook sozinho se encaixa nessa categoria sugere que é o mais exposto na indústria a quaisquer mudanças na política de vistos H-1B.

O Facebook se recusou a comentar sobre o assunto.

Representantes

Representantes da administração de Trump não puderam ser contatados imediatamente para comentar. O secretário de Imprensa da Casa Branca. Sean Spicer, disse na última segunda-feira que Trump miraria os vistos H-1B como parte de um esforço maior de reforma de imigração. Por meio de decretos e ação do Congresso, mas não deu detalhes.

Os vistos H-1B são destinados a estrangeiros em profissões "especializadas". Geralmente requerem educação superior, o que, de acordo com os Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) inclui. Mas não se limita a cientistas, engenheiros ou programadores de computador. O governo concede 85 mil a cada ano, principalmente através de um sistema de loteria.

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