França rejeita pedido de asilo de Julian Assange

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Publicado Sexta, 03 de Julho de 2015 às 08:02, por: CdB
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Fundador do Wikileaks, Julian Assange
  A França rejeitou nesta sexta-feira um pedido de asilo do fundador do Wikileaks, Julian Assange. O fundador do Wikileaks está morando pelos últimos três anos na embaixada do Equador em Londres, onde conseguiu refúgio para evitar ser extraditado para a Suécia devido a supostos crimes de abuso sexual. - A França recebeu a carta do sr. Assange. Uma investigação profunda mostra que no mérito dos elementos legais e materiais da situação do sr. Assange, a França não pode garantir seu pedido - informou nota emitida pelo gabinete do presidente francês, François Hollande. - A situação do sr. Assange não representa qualquer perigo imediato. Ele também é alvo de um mandato de prisão europeu - acrescentou o comunicado. O jornal Le Monde publicou anteriormente uma carta aberta de Assange para Hollande, dizendo que sua vida estava em perigo.

Refúgio em embaixada

No mês passado, Julien Assange, cumpriu três anos de refúgio na Embaixada do Equador em Londres, sem que tenha sido interrogado pela Justiça sueca sobre acusações de crimes sexuais ou que seu caso tenha sido resolvido.

Para fazer avançar o processo, o Ministério Público sueco aceitou em março deste ano ir a Londres ouvir o australiano, de 43 anos, que nega as acusações e se recusa a ir à Suécia por temer ser extraditado para os Estados Unidos. Segundo Assange, uma audiência com a procuradora sueca Marianne Ny, tinha sido anulada. “É impossível manter a confiança na magistrada nessas circunstâncias”, afirmou em comunicado. Em causa estão uma alegação de violação e outra de agressão sexual apresentadas por duas mulheres suecas em 2010. Até agora, ele não formalmente acusado e recusa essas acusações, argumentando que as relações sexuais mantidas foram consensuais. Em junho de 2012, quando perdeu o processo de extradição no Reino Unido, pediu asilo político ao Equador, convicto de que se viajasse para a Suécia para ser ouvido seria extraditado para os Estados Unidos, que o querem processar pela divulgação de milhares de documentos diplomáticos e militares confidenciais, no caso Wikileaks. Com mandado de detenção europeu emitido desde então, Assange não pode sair da embaixada equatoriana porque seria imediatamente detido pela polícia britânica e entregue à Justiça sueca. O reforço da vigilância da embaixada pela polícia britânica, desde que Assange está refugiado no local, custou em três anos cerca de 10 milhões de libras (14 milhões de euros), segundo a imprensa britânica.  
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