A rebelião foi a mais violenta no país desde o episódio conhecido como Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, que terminou com 111 presos mortos
Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano:
O papa Francisco expressou nesta quarta-feira dor e preocupação pela rebelião sangrenta em um presídio de Manaus que deixou 56 mortos esta semana, e fez um apelo para que todas as penitenciárias sejam locais de reeducação e ofereçam condições adequadas para os detentos.
– Na terça-feira recebemos a notícia dramática do massacre em uma prisão de Manaus. Onde um confronto extremamente violento entre gangues rivais provocou dezenas de mortos. Estou sofrendo e preocupado com o que aconteceu – disse o papa durante um pronunciamento regular.
– Peço orações pelos mortos, por suas famílias, por todos os presos nessa prisão e por todos que trabalham lá. Também apelo novamente para que todas as instituições penitenciárias. Sejam locais de reeducação e reintrodução à sociedade. E para que os presos vivam em condições adequadas para seres humanos.
Um motim iniciado na noite de domingo dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que só terminou na segunda-feira. Deixou 56 mortos como resultado de uma briga entre facções rivais.
A rebelião foi a mais violenta no país desde o episódio conhecido como Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, que terminou com 111 presos mortos. Quase todos em decorrência do confronto com a polícia, que invadiu a casa de detenção para retomar o local.
Mortos
Além dos mortos no Compaj. Mais quatro presos foram mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus. Elevando para pelo menos 60 o números de presos mortos esta semana no Amazonas.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse na terça-feira que a situação nos presídios do Estado era "tensa", mas "sob controle".