Francisco diz esperar que viagem à Península Arábica ajude relações entre islâmicos e cristãos

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Publicado Quarta, 06 de Fevereiro de 2019 às 11:22, por: CdB

Ele se referia a um documento que assinou com o xeique Ahmad el-Tayeb, grande imã da mesquita e universidade egípcia de Al-Azhar, uma das instituições teológicas e educativas mais respeitadas do islamismo.

Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano

 O papa Francisco disse nesta quarta-feira que espera que sua viagem histórica à Península Arábica ajude a dissipar a ideia de um choque de civilizações inevitável entre o cristianismo e o islamismo.
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Papa Francisco e o xeique Ahmad el-Tayeb, grande imã da mesquita e universidade egípcia de Al-Azhar
Francisco voltou a Roma na terça-feira depois de visitar os Emirados Árabes Unidos, em Abu Dhabi ele rezou a maior missa pública já realizada na península, que é o berço do Islã. – Em uma era, como a nossa, na qual existe uma tentação forte para ver um choque entre a civilização cristã e a islâmica, e até de considerar as religiões como fontes de conflito, queríamos enviar outro sinal claro e decisivo de que o encontro é possível  – disse ele em sua audiência geral de rotina. Ele se referia a um documento que assinou com o xeique Ahmad el-Tayeb, grande imã da mesquita e universidade egípcia de Al-Azhar, uma das instituições teológicas e educativas mais respeitadas do islamismo. O papa disse que o “Documento sobre a Fraternidade Humana” prova que “é possível respeitar um ao outro e dialogar, e que apesar das diferenças de cultura e tradições, os mundos cristão e islâmico prezam e protegem valores comuns”. Assinado na segunda-feira, o documento pede que “todos os envolvidos parem de usar as religiões para incitar o ódio, a violência, o extremismo e o fanatismo cego e evitem usar o nome de Deus para justificar atos de assassinato, exílio, terrorismo e opressão”. O papa convidou todos a lerem o documento, dizendo que ele oferecerá ideias sobre como indivíduos podem trabalhar pela tolerância e pela coexistência. Católicos ultraconservadores vêm se opondo ao diálogo com o islamismo, e alguns dizem que seu objetivo final é destruir o Ocidente.
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