Fundo Amazônia será tema de debate no Senado

Arquivado em:
Publicado Sexta, 13 de Setembro de 2019 às 09:13, por: CdB

Fundo apoia projetos nas áreas de gestão de florestas públicas e áreas protegidas, conservação e uso sustentável da biodiversidade, recuperação de áreas desmatadas, entre outros.

Por Redação, com Agência Senado - de Brasília A Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) vai discutir em audiência pública, na quarta-feira, sobre o Fundo Amazônia, responsável pela captação de doações para prevenção, combate ao desmatamento e conservação das florestas no Bioma Amazônia.
senado1-1.jpg
Noruega e Alemanha anunciarem a suspensão dos repasses para o Fundo, em agosto, em razão do aumento do desmatamento na Amazônia.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apoia projetos nas áreas de gestão de florestas públicas e áreas protegidas, conservação e uso sustentável da biodiversidade, recuperação de áreas desmatadas, entre outros. O tema ganhou destaque após a Noruega e a Alemanha, responsáveis pela maior parte das doações, anunciarem a suspensão dos repasses, em agosto, em razão do aumento do desmatamento na Amazônia. O fundo já enfrentava dificuldades antes, pois o governo vinha questionando sua gestão e extinguiu seu conselho orientador, responsável por definir a destinação dos recursos. Foram convidados para discutir o tema o chefe do Departamento de Assuntos Legislativos do BNDES, Victor Burns; o vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Democracia e Sustentabilidade, João Paulo Capobianco; e um representante do MMA. A segunda parte da reunião tem a finalidade de definir convidados para as audiências públicas do plano de trabalho da comissão. Chanceler brasileiro não acredita em crise climática O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo afirmou não acreditar em aquecimento global, que o Brasil não está queimando a Amazônia e que foi criada uma “ditadura climática” que impede o debate. Ao proferir uma palestra de mais de 40 minutos na Fundação Heritage, um centro de estudos conservador, em Washington, Araújo afirmou que o Brasil virou um país a quem é “permitido odiar”, como os Estados Unidos, porque ambos os presidentes, Jair Bolsonaro e Donald Trump, se afastaram do “globalismo”. – O globalismo tem hoje três instrumentos. Um é a ideologia das mudanças climáticas, outra é a ideologia de gênero e a terceira, a oikofobia, o ódio a sua própria nação – disse o ministro. – O ponto principal da ditadura do clima, do climatismo, é o fim do debate político normal – completou. Nas últimas semanas, o Brasil voltou às manchetes internacionais pelo forte aumento das queimadas na Amazônia, relacionadas ao aumento do desmatamento, já registrado em números iniciais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As imagens da floresta em chamas correram o mundo e causaram protestos de líderes mundiais e ameaças de boicote a produtos brasileiros. Araújo, no entanto, nega que haja aumento do desmatamento e diz que as queimadas estão na média. Além disso, disse, o desmatamento mundial é responsável por apenas 11% das emissões de CO2 no mundo —que seria o causador das mudanças climáticas, o que o ministro também não acredita— e o desmatamento no Brasil, apenas 2% dessa emissão. – O Brasil não é culpado. Mas não importa. A palavra clima foi pronunciada e o debate foi silenciado – afirmou. Segundo o ministro, o “sistema” internacional virou as armas contra Bolsonaro e Trump porque eles se afastaram do globalismo. – Os EUA estão fora do pacto globalista, o Brasil está fora do pacto globalista, então eles vêm atrás de nós para nos levar de volta – defendeu. – O maior desafio que enfrentamos hoje, algumas pessoas irão dizer que é as mudanças climáticas. Isso absolutamente não é verdade. O maior desafio é a ideologia – disse.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo