G7 exige regime rigoroso para Libra, do Facebook

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Publicado Quinta, 18 de Julho de 2019 às 08:29, por: CdB

 

Moedas digitais como a Libra, do Facebook, devem ser mantidas “sob os mais altos padrões regulatórios”.

Por Redação, com Reuters - de Chantilly, França

Moedas digitais como a Libra, do Facebook, devem ser mantidas “sob os mais altos padrões regulatórios” para garantir que não sejam usadas em lavagem de dinheiro e que os usuários sejam protegidos, exigiu o grupo das sete maiores economias do mundo nesta quinta-feira.
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G7 exige regime rigoroso para Libra e propõe imposto mínimo
As conclusões foram tomadas durante a reunião dos ministros das Finanças do G7 em Chantilly, na França, para enfrentar os desafios impostos pela economia digital e avançar com os planos para um nível mínimo de impostos corporativos, segundo um esboço preliminar da reunião de dois dias visto pela agência inglesa de notícias Reuters. As conversas em Chantilly foram dominadas pelos planos de emissão de moeda digital do Facebook, a Libra, em meio a preocupações das autoridades de que os poderes das grandes empresas de tecnologia estão invadindo áreas pertencentes a governos, como a emissão de moedas. – Todo mundo está em um lugar onde nós reconhecemos que as novas tecnologias podem fornecer vantagens – disse o ministro das Finanças canadense, Bill Morneau, à Reuters. “Mas as pessoas querem segurança e preços baixos, não apenas preços baixos. E nosso trabalho é pensar em segurança também ... Temos um senso emergente de que precisamos trabalhar juntos nisso.” As preocupações incluem o medo de que as ambições do Facebook por uma moeda digital possam enfraquecer seu controle sobre as políticas monetária e bancária e representar riscos de segurança.

Banco digital

O banco digital alemão N26 informou nesta quinta-feira que arrecadou US$ 170 milhões adicionais em sua última rodada de investimentos, elevando seu valor para US$ 3,5 bilhões, conforme busca acelerar sua expansão para mercados fora da Europa, incluindo Brasil e Estados Unidos. O banco disse que ampliou sua quarta rodada de financiamento em US$ 170 milhões para US$ 470 milhões. Até o momento, o N26 disse que levantou mais de US$ 670 milhões.

A empresa

A empresa disse que investidores, incluindo a Tencent Holdings e a unidade de investimentos digitais do Allianz Group, participaram da última rodada de financiamento. O N26, que conta com investimento do bilionário chinês Li Ka-shing e do investidor do Vale do Silício Peter Thiel, está competindo com os bancos varejistas tradicionais, oferecendo uma linha de serviços bancários que os clientes podem usar totalmente de seus smartphones. O banco digital tem mais de 3,5 milhões de clientes. Ele disse que usará o dinheiro adicional para acelerar sua entrada na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil.

Comissão Europeia multa Qualcomm

A Qualcomm, maior fabricante de chips do mundo, foi multada em 242 milhões de euros pela Comissão Europeia nesta quinta-feira por bloquear um rival do mercado há uma década, em sua segunda penalidade antitruste. A Comissão Europeia, órgão regulador da concorrência da UE, acusou a Qualcomm de praticar preços predatórios entre 2009 e 2011 com o objetivo de prejudicar a desenvolvedora britânica de software para telefones Icera, agora parte da Nvidia. – O comportamento estratégico da Qualcomm impediu a competição e a inovação no mercado – disse Margrethe Vestager, comissária de concorrência, em comunicado. Em uma coletiva de imprensa, ela defendeu o tempo que levou para chegar a uma decisão, a Comissão acusou a empresa pela primeira vez de preços predatórios em 2015, dizendo que foi um caso complexo que dependia de evidências da Qualcomm. A multa é de 1,27% do faturamento da Qualcomm em 2018. A Qualcomm disse que apelará da decisão, dizendo que ela “não é sustentada pela lei, pelos princípios econômicos ou pelos fatos do mercado”. Multas pesadas, em particular contra gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, têm sido uma característica da campanha de cinco anos de Vestager como fiscal antitruste da Europa, uma política que lhe rendeu a ira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Vestager disse que espera permanecer no cargo quando uma nova Comissão tomar posse em novembro, mas não descartou outro papel. Seu mandato termina em 31 de outubro.
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