Garotinho critica Serra e Ciro Gomes

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Publicado Segunda, 13 de Maio de 2002 às 15:27, por: CdB

O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, disse hoje em Campinas que a candidatura de José Serra (PSDB) está "despencando mais que cacho de banana podre". Ele defendeu que a apuração do caso Ricardo Sérgio seja a "mesma da de Roseana Sarney" e comentou que não está preocupado com pesquisas de intenção de votos, nem com a disputa do segundo lugar. "Não assusto ninguém, sou Garotinho", ironizou. O candidato esteve em Campinas para inaugurar o sub-diretório do PSB na cidade, na Avenida Orosimbo Maia. Aproveitou para anunciar a pré-candidatura do ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar, ao governo do estado de São Paulo pelo partido. Segundo Garotinho, São Paulo terá "tratamento vip" nas campanhas do partido este ano. "Vamos fazer de São Paulo a surpresa das eleições e surpreender os partidos tradicionais", afirmou. Nas próximas semanas, conforme Garotinho, o PSB irá inaugurar 15 comitês em São Paulo e 60 no Brasil. O candidato preferiu não comentar o futuro das atuais candidaturas à Presidência. "Não sei se alguém vai retirar a sua. Eu vou manter a minha", alegou. Ele fez críticas a José Serra, a quem chamou de ex-ministro do "Planejamento e da falta de Saúde". E não poupou Ciro Gomes. "Ele abriu de maneira irresponsável a economia brasileira tirando alíquotas para a importação e causando desemprego. Fernando Henrique Cardoso é o pai do desemprego e Ciro é o tio", disse Garotinho. Comentou que Serra e Ciro representam a "mesma coisa, a continuidade do governo". Segundo o candidato, os eleitores que "quiserem mudar" têm duas opções: ele e Lula. "Reconheço no Lula um homem honesto e trabalhador. Mas ele deveria ter se preparado para ser candidato à Presidência. Ninguém entra na faculdade sem fazer primário, ginásio e vestibular", disse, referindo-se ao fato de o candidato do PT nunca ter ocupado um cargo executivo. Garotinho confirmou a coligação com PST, PSD, PSC, PT do B, PTN e PPC para o primeiro turno. "No segundo turno vamos analisar caso a caso", apostou. Afirmou que o PSB é o partido com maior potencial para eleger governadores porque lidera em sete estados (Alagoas, Rondônia, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio de Janeiro), contra cinco do PFL (Bahia, Maranhão, Piauí, Sergipe e Tocantins), quatro do PMDB (Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso e Amazonas) e três do PSDB (Ceará, Goiás e Mato Grosso do Sul). O PT lidera no Acre e no Rio Grande do Sul, e o PPB em São Paulo e Santa Catarina, lembrou Garotinho, acrescentando que o candidato do PL está na frente no Amazonas e o do PDT no Paraná. Ele garantiu que as coligações de seu partido deverão eleger 50 deputados federais e cinco senadores. "O PSB não vai ser amante de ninguém. Vai ser um partido, ter casa própria e viver com independência. Uma esquerda que não seja totalitária, mas democrática", afirmou o candidato. Entre as promessas eleitorais, disse que aumentará o salário mínimo para R$ 280 em maio de 2003 e para R$ 400 em maio de 2004. Prometeu ainda criar o Ministério da Casa Própria e construir dois milhões de casas em quatro anos de governo. Garotinho rebateu as críticas de que a indefinição de programas econômicos dos atuais candidatos esteja causando receio no mercado. Ele citou a reforma tributária, redução das taxas de juros, do custo bancário e uma política de desenvolvimento industrial para exportação como itens de seu plano de governo econômico. "Minhas propostas não são inviáveis", afirmou. O candidato do PSB orientou Bittar a conduzir a campanha com otimismo e "falar ao coração do povo". O ex-prefeito de Campinas disse ter ficado "honrado e feliz" ao receber o convite para ser candidato do partido ao governo de São Paulo. E lembrou que sua trajetória política é semelhante à de Garotinho. Ambos foram do PT, migraram para o PDT e atualmente se instalaram no PSB.

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