Publicado Sábado, 23 de Maio de 2020 às 11:20, por: CdB
"Apenas imagine as coisas que foram ditas longe da câmera... Nosso futuro em comum é apenas um jogo para eles", escreveu Greta Thunberg no Twitter, citando a declaração do ministro e a hashtag #SalvemAAmazônia.
Por Redação, com Ansa - de Estocolmo
A ativista sueca Greta Thunberg criticou o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, neste sábado, por ele defender que o governo aproveite que o foco das atenções está na pandemia de Covid-19 para afrouxar normas de controle.
A ativista sueca Greta Thumberg critica, fortemente, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
"Apenas imagine as coisas que foram ditas longe da câmera... Nosso futuro em comum é apenas um jogo para eles", escreveu Thunberg no Twitter, citando a declaração do ministro e a hashtag #SalvemAAmazônia.
Em reunião cujo vídeo foi divulgado nesta sexta-feira pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), Salles defendeu que a atenção dada pela imprensa à pandemia de coronavírus abre uma "oportunidade" para desregulamentar normas ambientais e em outras áreas.
— Precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), de Ministério da Agricultura, de Ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação — disse.
Crise climática
Depois da divulgação do vídeo, o ministro se manifestou, também no Twitter, e declarou que sempre defendeu a desburocratização e simplificação de normas, "com bom senso e tudo dentro da lei". "O emaranhado de regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil", acrescentou.
Thunberg, 17 anos, já havia criticado o assassinato de indígenas no Brasil em 2019 e sido chamada de "pirralha" pelo presidente Jair Bolsonaro. A sueca lidera um movimento global de estudantes que promove greves semanais às sextas-feiras para cobrar ações contra a crise climática.