Guerra no Iraque se intensifica com cerco a cidades e assassinatos de civis

Arquivado em:
Publicado Quarta, 07 de Abril de 2004 às 13:26, por: CdB

A redação do Correio do Brasil recebeu no início da noite desta quarta-feira, por e-mail, o relato exclusivo da situação de confronto entre as forças de ocupação do Iraque e a resistência iraquiana em cidades espalhadas por todo o país. Segundo a correspondente Iman Khamas, "este é o segundo momento da guerra" naquele país. Vários observadores internacionais têm sido impedidos de entrar nas cidades atingidas pelos ataques da coalizão e o trabalho da imprensa foi dificultado ao máximo.

"As cidades iraquíanas de Sadr, Adamiya, Kufa, Faluja, Shula e outras foram cercadas por homens e tanques das forças de ocupação do Iraque e têm sido bombardeadas com mísseis. Os exércitos da coalizão, integrados pelos  EUA, Inglaterra e Itália estão atirando sem pontaria, em alvos civís que se movam em qualquer parte destas localidades.

"A população civil está sendo assassinada nas ruas, sem direito a defesa. A autoestrada que liga Faluja a outras partes do país foi fechada e as notícias que chegam, por telefone, do Centro da cidade indicam que há corpos espalhados pelas ruas.

"Não há ambulâncias, nem água ou energia elétrica em Faluja, Kufa, Sadr e Shula. Os jornalistas foram impedidos de entrar nestas localidades e vários tiveram suas câmeras quebradas.

"Os indícios são de que a guerra recomeçou em todo o Iraque, desta vez com a atuação de forças de guerrilha contra os exércitos de ocupação. O ambiente é de medo e apreensão e tudo indica que a situação irá se manter desta forma nos próximos dias".

Iman Khamas é diretora do Centro do Observatório da Ocupacão em Bagdad e colaboradora exclusiva do Correio do Brasil no Iraque.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo