Haddad expõe escalada da violência na campanha neofascista de Bolsonaro

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Publicado Sexta, 12 de Outubro de 2018 às 14:07, por: CdB

Na entrevista, transmitida ao vivo nas redes sociais de Haddad, o candidato do PT comentou incidente ocorrido na véspera em que, segundo ele, sua comitiva foi perseguida por um ativista da campanha de Bolsonaro.

 
Por Redação - de São Paulo
  Candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad acusou, nesta sexta-feira, o adversário no segundo turno da eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) de “abraçar com as próprias palavras” a cultura da violência, do estupro; da tortura e do nazismo. E disse que a única proposta do capitão do Exército para o país é armar as pessoas para que elas se matem.
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Haddad tem sido alvo de severos ataques, na reta final da campanha presidencial
— Bolsonaro é violência, Bolsonaro é bala, Bolsonaro é desrespeito. Ele é a representação de tudo que tem de pior em termos de violência no país — disse Haddad a jornalistas após acompanhar missa para Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, na Paróquia Santos Mártires, em São Paulo.

Violência

Na entrevista, transmitida ao vivo nas redes sociais de Haddad, o candidato do PT comentou incidente ocorrido na véspera em que, segundo ele, sua comitiva foi perseguida por um ativista da campanha de Bolsonaro que fez gestos de violência e ofendeu a Igreja Católica após visita do petista à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. De acordo com Haddad, o homem foi identificado pela Polícia Federal e está sendo monitorado em função dos gestos de violência. O candidato do PT afirmou que já foram registradas mais de 100 notificações de casos de violência no país cometidas por apoiadores de Bolsonaro. — A cultura da violência, do estupro, da tortura e do nazismo ele abraça com as próprias palavras — disse Haddad, que ainda acusou Bolsonaro de não ter projeto para o país, “a não ser armar as pessoas para que elas se matem”.

Auri sacra fames

O candidato do PT também acusou Bolsonaro de defender a redução de direitos trabalhistas e sociais por meio de propostas defendidas pelo coordenador econômico da campanha do PSL, o economista Paulo Guedes, e de ter se aliado com o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, em busca de dinheiro. — Vou dizer para vocês o que é o Bolsonaro. Ele é um casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo Paulo Guedes, que corta direitos trabalhistas e sociais, com um fundamentalismo charlatão do Edir Macedo, isso é o Bolsonaro. Sabe o que está por trás dessa aliança? Em latim chama: auri sacra fames, fome de dinheiro. Só pensam em dinheiro — disse Haddad. Haddad e Bolsonaro estão no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto depois que o candidato do PSL foi o mais votado no primeiro turno, com 46 por cento dos votos válidos, e Haddad ficou em segundo, com 29 por cento. A votação decisiva ocorrerá em 28 de outubro.
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