Imigrantes vivem episódios de medo e violência na Europa

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Publicado Sábado, 19 de Setembro de 2015 às 16:21, por: CdB
Por Redação, com agências internacionais - de Atenas e Roma: Cerca de 4,7 mil imigrantes foram resgatados perto do litoral da Líbia neste sábado enquanto tentavam chegar à Europa, mas uma mulher foi encontrada morta, informou a guarda-costeira da Itália. Dezenas de milhares de pessoas, a maioria de África e Oriente Médio, têm tentado cruzar o Mediterrâneo neste ano, muitas vezes amontoadas perigosamente em pequenas embarcações inadequadas para a viagem. Navios de tamanho médio também são usados na travessia e costumam partir superlotados.
imigrantes-grecia1.jpgImigrantes agarram-se ao navio que parte da Líbia, com mais gente do que pode levar
A guarda-costeira disse em um comunicado que havia coordenado 20 operações de resgate envolvendo várias embarcações, resgatando pelo menos 4.343 migrantes a bordo de botes infláveis e barcaças. Em um dos botes, o corpo de uma mulher foi encontrado, disse a guarda-costeira, sem fornecer mais detalhes sobre a possível causa da morte. Outras 335 pessoas foram recolhidas como parte de uma missão de resgate coordenada pela Grécia e estavam sendo encaminhadas para um porto na Itália. Milhares de outros imigrantes têm sido forçados a buscar rotas alternativas quando seguem rumo à Croácia e à Hungria, onde sofrem com a violência dos policiais, a fome e a sede. Naufrágio Uma menina que teria cinco anos de idade morreu neste sábado, e 13 outros imigrantes estariam desaparecidos após o naufrágio do barco onde estavam em meio a violentas marés perto da ilha de Lesbos, disse a guarda-costeira grega. Um segundo grupo de 40 pessoas exaustas alcançou a ilha a bordo de um pequeno barco, após uma traumática travessia a partir da Turquia. Eles remaram 10 quilômetros ao longo da noite depois que o motor da embarcação quebrou. — Quando estava no mar… Eu não tinha nenhuma esperança... Eu disse: estou morto agora mesmo, ninguém pode me ajudar — disse Mohammed Reza, de 18 anos, depois de ter sido retirado do barco por voluntários estrangeiros. Centenas de milhares de refugiados, a maioria sírios, têm enfrentado corajosamente a curta mas perigosa travessia da Turquia para as ilhas do leste da Grécia este ano, sobretudo em barcos infláveis precários e superlotados. Reza, que fugiu do Afeganistão e deixou o restante da família no Irã, disse à agência inglesa de notícias Reuters TV: — A água se misturou ao combustível… e estávamos no mar há cerca de sete ou oito horas sem nenhuma água ou qualquer comida. Ele disse que as guardas-costeiras grega e turca não ajudaram o grupo de homens, mulheres e crianças.
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