Industriais acreditam cada vez menos no crescimento do país para este ano

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Publicado Sexta, 27 de Março de 2020 às 15:38, por: CdB

No comércio, a situação não é diferente. De dezembro para janeiro, as vendas no comércio varejista caíram 1%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início desta semana. De acordo com a pesquisa, o volume de vendas cresceu 1,3% na comparação com janeiro do ano passado, mostrando queda de ritmo.

Por Redação - de São Paulo
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Brasil registrou a maior queda desde 2015 no mês de março, em sinal dos primeiros efeitos da pandemia de coronavírus sobre a manufatura brasileira, informou a Fundação Getulio Vargas (FVG) nesta sexta-feira.
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A tendência para os próximos meses é de uma queda substancial na produção da indústria
O índice recuou 3,9 pontos em março, para 97,5 pontos, ante 101,4 no mês anterior. A queda é a mais acentuada desde março de 2015, quando o ICI perdeu 6,6 pontos. — O resultado do mês mostra os primeiros efeitos da pandemia de coronavírus sobre a confiança da indústria. O nível de utilização da capacidade instalada e a percepção dos empresários sobre a demanda e a situação dos negócios sugerem que a produção industrial pode já ter sido impactada — explicou a economista do FGV-IBRE, Renata de Mello Franco, em nota.

Capacidade

De acordo com a FGV, em março o Índice de Expectativas (IE) caiu 5,6 pontos, para 96,2 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual perdeu 2,1 pontos, para 98,8 pontos. — forte deterioração das expectativas, principalmente de bens de consumo duráveis, chama atenção para o cenário de incerteza que desponta para os próximos meses — acrescentou Mello Franco O nível de utilização da capacidade instalada recuou 0,9 ponto percentual no mês, para 75,3%.

Comércio

No comércio, a situação não é diferente. De dezembro para janeiro, as vendas no comércio varejista caíram 1%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início desta semana. De acordo com a pesquisa, o volume de vendas cresceu 1,3% na comparação com janeiro do ano passado, mostrando queda de ritmo – em dezembro, também em relação a igual mês de 2018, havia subido 2,6% e em novembro, 3,1%. No acumulado em 12 meses, as vendas sobem 1,8%. Com o chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos e peças e material de construção, as vendas aumentaram 0,6% no mês e 3,5% em um ano. O acumulado em 12 meses registra alta de 3,9%. Segundo o instituto, em janeiro houve “disseminação de taxas negativas” entre as atividades pesquisadas. Com isso, o setor continua 5,4 pontos percentuais abaixo do nível recorde, registrado em outubro de 2014. A atividade caiu em 16 das 27 unidades da federação.
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