Inflação resiste em sete capitais pesquisadas e Rio de Janeiro lidera

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Publicado Terça, 18 de Março de 2014 às 12:04, por: CdB
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Vendas nos supermercados acumulam alta de 4,94% este ano
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas, que divulgou nesta terça-feira os números por meio do Instituto Brasileiro de Economia. O índice é composto por preços pesquisados na semana encerrada em 15 de março. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda situado entre um e 33 salários mínimos mensais. A pesquisa de preços desenvolve-se diariamente, cobrindo as seguintes capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. A versão IPC-S baseia-se em um sistema de coleta quadrissemanal, com encerramento em quatro datas pré-estabelecidas (7, 15, 22 e 31). O Rio de Janeiro continua sendo a capital com a maior taxa de inflação (1,29%), mas foi uma das que tiveram o menor aumento, de apenas 0,05 ponto percentual. Alimentação e cuidados pessoais estão entre os principais aumentos na capital fluminense, e transportes foi outra classe de despesa que pressionou a taxa para cima. O maior aumento da inflação foi registrado em Brasília: a taxa saiu de 0,26% para 0,53%, com avanço de 0,27 ponto percentual. As principais pressões acima da variação média foram em alimentação, habitação e despesas diversas. A classe educação, leitura e recreação, de variação negativa, subiu de -2,05% para -1,35%. O menor avanço do IPC-S foi no Recife: a taxa subiu 0,04 ponto percentual e chegou a 0,16%. No caso da cidade pernambucana, as taxas de vestuário e alimentação puxaram a inflação para patamar inferior e assim seguraram o avanço do custo de vida. Em sentido oposto, saúde e cuidados pessoais, despesas diversas, transporte e habitação pressionaram o índice. Entre as outras capitais, São Paulo teve o maior aumento (0,16 ponto percentual), que passou de 0,69% para 0,85%. Salvador e Porto Alegre empataram, com 0,14 ponto percentual cada, e, em Belo Horizonte, a taxa avançou 0,05 ponto percentual. As três capitais apresentaram IPC-S de 0,55%, 0,80% e 0,73%. Menos consumo O dado positivo, no entanto, é que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve uma redução de 3,3% em março, comparada à de fevereiro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para a CNC, as causas foram a alta mais forte no nível de preços, o nível elevado de endividamento e o crédito mais caro. Os dados foram divulgados também nesta manhã. Também houve retração, ainda maior, na intenção de consumo em relação a março do ano passado de 5,1%. No entanto, o índice, que está em 125,5 pontos, continua acima dos 100 pontos, considerada zona de indiferença. A redução no ICF foi mais intensa entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, de 3,5% ante fevereiro. Para as famílias com renda maior que essa, o recuo foi 2,4%. As capitais do Sudeste foram as que mais caíram no ICF, com redução 4,8%, seguidas pelas do Norte, onde a queda foi 4,3%. Na comparação com o ano passado, o Sul teve queda 9,8%, e o Nordeste, alta de 3,6%. Todos os indicadores da pesquisa recuaram, tanto na comparação com fevereiro quanto em relação a março do ano passado. O nível de consumo atual, único índice abaixo dos 100 pontos, caiu 1,8% ante fevereiro e 4,9% na base interanual.
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