Os responsáveis pela intervenção militar têm experiência de atuação do Estado. Participaram da ocupação militar do Complexo da Maré entre 2014 e 2015.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Começam, na prática, as mudanças em cargos estratégicos das polícias civil e militar do Rio de Janeiro. As substituições terão início já no início da semana, segundo adiantou fonte junto à intervenção militar, no Estado do Rio de Janeiro. O processo será conduzido pelo novo secretário de segurança do Estado, general Richard Fernandes Nunes. Ele contará com o apoio do chefe de gabinete da intervenção federal, general Mauro Sinotti. Ambos foram confirmados pelo Comando Militar do Leste; após indicação do general-interventor, Walter Braga Neto.
Os militares têm experiência de atuação do Estado. Participaram da ocupação militar do Complexo da Maré entre 2014 e 2015; dos Jogos Olímpicos e das ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Trabalharam em parceria com forças locais.
— As mudanças tendem a começar a acontecer nas polícias civil e militar, já no início semana que vem. Haverá mudanças, mas não vamos destruir a estrutura existente. O que se quer é fortalecer e tornar essa estrutura mais eficiente — disse a fonte à agência inglesa de notícias Reuters.
Demissões
A possibilidade de generais assumirem batalhões ou quartéis da PM do Rio de Janeiro está descartada e as mudanças previstas sinalizam para novos nomes, novas estratégias e atuação e de integração.
— É fundamental que as corporações se reestruturem e se fortaleçam por si mesmas. Para que permaneçam é preciso que as mudanças sejam lideradas pelos próprios integrantes da instituição que escolheram pertencer — disse a fonte.
Após o decreto de intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro, o primeiro membro da cúpula da segurança pública do Estado a deixar suas funções foi o secretário de segurança Roberto Sá.
Comando
O chefe da polícia civil Carlos Leba e o comandante da PM Wolnei Dias ainda permanecem nos cargos e têm participado de reuniões no CML, mas a permanência deles não está garantida.
— A partir de agora é com o interventor e com o secretário de segurança. Eles é que estão no comando — afirmou à agência o governador Luiz Fernando Pezão.