Irã não abandonará seu programa de mísseis, diz líder

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Publicado Quarta, 05 de Junho de 2019 às 07:47, por: CdB

O confronto entre Irã e EUA piorou no mês passado, um ano depois de Washington abandonar um acordo entre o Irã e potências globais para conter seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais.

Por Redação, com Reuters - de Londres

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta terça-feira que o país não será “enganado” pela oferta de negociação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e não abandonará seu programa de mísseis.
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Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei
O confronto entre Irã e EUA piorou no mês passado, um ano depois de Washington abandonar um acordo entre o Irã e potências globais para conter seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais. Trump rejeitou o acordo nuclear, assinado por seu antecessor Barack Obama, considerando-o falho por não ser permanente e não cobrir o programa de mísseis balísticos iraniano e o papel do país em conflitos do Oriente Médio. O presidente norte-americano, no entanto, pediu ao país que se sente à mesa de negociação para chegar a um novo acordo. Na semana passada, Trump disse que o Irã “tem uma chance de ser um grande país, com a mesma liderança. Não estamos buscando uma mudança de regime. Só quero deixar isso claro. Queremos que não haja armas nucleares.” Reagindo a estes comentários, Khamenei disse em um discurso transmitido na TV estatal: “O presidente dos EUA disse recentemente que o Irã pode alcançar o desenvolvimento com seus líderes atuais. Isso significa que eles não buscam uma mudança de regime... mas este truque político não enganará as autoridades iranianas e a nação iraniana.” – No programa de mísseis, eles sabem que chegamos a um ponto de dissuasão e estabilidade. Eles querem nos privar disso, mas jamais conseguirão – disse Khamenei ao falar em uma cerimônia que lembrou o 30º aniversário da morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica do Irã. O presidente Hassan Rouhani, que adotou uma postura mais branda, indicou na semana passada que o Irã poderia estar disposto a conversar se os EUA lhe mostrassem respeito e suspendessem sanções.
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