João Paulo defende continuidade das negociações com PMDB

Arquivado em:
Publicado Segunda, 23 de Dezembro de 2002 às 13:44, por: CdB

O deputado federal João Paulo Cunha (SP), líder do PT na Câmara e candidato do partido à presidência da Casa, diz que a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder não fará com que o Brasil tenha um governo socialista. "O governo Lula será democrático, popular, de reformas, mas não se caracterizará como socialista." Para garantir sua eleição, admite formar um bloco com o PMDB para se contrapor à união PSDB-PFL, embora o partido tenha ficado fora do futuro ministério: "Já temos um acordo com o PMDB para eleger os presidentes da Câmara e do Senado. Esse acerto independe da eventual participação do PMDB no governo Lula". Se chegar à presidência da Câmara, afirma que priorizará a aprovação das cinco reformas prometidas por Lula na campanha: tributária, previdenciária, política, trabalhista e social. A mais fácil, afirma, seria a tributária. No caso da Previdência, o petista é evasivo. Não diz com clareza se o PT defende o projeto que elimina a aposentadoria integral para futuros servidores públicos. Na sua plataforma de campanha, ele repete antecessores. Promete lutar pela "independência" do Legislativo. Mas admite atender a pedidos de Lula para inverter a pauta de votações desde que os projetos sejam de "interesse da nação". O petista acha possível construir para Lula uma "maioria segura" no Legislativo sem precisar recorrer ao "toma-lá-dá-cá".

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo