A Olimpíada de Tóquio precisa ser realizada “a qualquer preço” em 2021, disse a ministra da Olimpíada do Japão, Seiko Hashimoto, nesta terça-feira. Hashimoto disse que os Jogos deveriam acontecer para o bem dos atletas, independentemente dos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus.
Por Redação, com Reuters – de Tóquio/Toronto
A Olimpíada de Tóquio precisa ser realizada “a qualquer preço” em 2021, disse a ministra da Olimpíada do Japão, Seiko Hashimoto, nesta terça-feira.

Falando em uma coletiva de imprensa, Hashimoto disse que os Jogos deveriam acontecer para o bem dos atletas, independentemente dos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus.
A decisão inédita
Em março, o governo japonês e o Comitê Olímpico Internacional (COI) tomaram a decisão inédita de adiar os Jogos, agendados originalmente para começar em julho deste ano, até 2021 por causa do vírus.
– Todos os envolvidos com os Jogos estão trabalhando juntos para se prepararem, e os atletas também estão fazendo esforços consideráveis para o ano que vem – disse Hashimoto na coletiva de imprensa.
– Acho que temos que realizar os Jogos a qualquer preço – acrescentou. “Quero concentrar todos nossos esforços em medidas contra o coronavírus.”
Autoridades do governo japonês, do governo municipal de Tóquio e do comitê organizador dos Jogos se reuniram pela primeira vez na semana passada para determinar passos para coibir o coronavírus no evento.
Ameaça dos EUA de cortar verbas para agência antidoping
Os principais atletas norte-americanos poderão ficar de fora da próxima edição da Olimpíada e de outros grandes eventos esportivos internacionais se os Estados Unidos seguirem adiante com a ameaça de interromper o repasse de verbas para a Agência Mundial Antidoping (Wada), disseram líderes antidoping à agência inglesa de notícias Reuters.
A ameaça dos EUA provocou abalos por toda a comunidade antidoping e levou diversos governos a exigirem que a Wada introduza leis que considerem que os Estados Unidos não estejam cumprindo o código da agência, impedindo efetivamente que atletas norte-americanos participem de competições internacionais.
– As consequências da retirada do financiamento da WADA pelos Estados Unidos podem ser mais severas e abrangentes para os atletas norte-americanos – disse o presidente da Wada, Witold Banka, à Reuters.
– Nós fomos procurados por vários governos de todo o mundo que ficaram chocados com as ameaças vindas do governo norte-americano apoiadas pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA).
– Esses governos querem que consideremos uma emenda ao acordo de compliance que diga que o não-pagamento da contribuição à WADA por parte de um governo possa levar diretamente a uma declaração de que a Organização Nacional Antidoping daquele país seja declarada não cumpridora do código antidopagem mundial – disse Banka. “Inevitavelmente isso poderia ter repercussões sérias para atletas daquele país, incluindo na participação de grandes eventos esportivos internacionais”.