Justiça determina que hospital de Fortaleza mantenha transplantes renais

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Publicado Sexta, 16 de Fevereiro de 2018 às 10:47, por: CdB

Em nota, a Ebserh informou que ainda não foi notificada oficialmente da liminar. O Hospital Universitário Walter Cantídio é vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC)

Por Redação, com ABr - de Recife:

A Justiça Federal no Ceará expediu liminar obrigando o Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza, a manter o serviço de transplante renal, ameaçado pela falta de equipe médica para realizar as cirurgias.

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A Justiça Federal no Ceará expediu liminar obrigando o Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza, a manter o serviço de transplante renal

A decisão atende a ação civil pública da Defensoria Pública da União no Ceará (DPU); que recebeu denúncia da Associação dos Pacientes Renais do Estado do Ceará sobre o risco de os procedimentos serem interrompidos por não haver profissionais da saúde especialistas em transplante de rins.

A liminar, deferida pelo juiz da 8ª Vara Federal Ricardo Cunha Porto; autoriza que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o hospital universitário, contrate profissionais; com experiência em transplantes renais sem concurso ou licitação; até que haja uma solução definitiva para a situação.

- O periculum in mora (perigo da demora, em tradução literal) é patente; seja porque muitos órgãos aptos à cirurgia se perderão, seja porque os pacientes que os aguardam podem vir a óbito com a procrastinação da cirurgia - ressalta o juiz na liminar.

A decisão judicial

A decisão judicial determina um prazo de 30 dias para que a medida seja tomada; mas considera os prazos e compromissos assumidos pela Ebserh em novembro de 2017 durante audiência de conciliação. Um desses compromissos foi a publicação até esta sexta-feira de um chamado de seleção pública para contratar médicos especialistas em transplante renal.

Em nota, a Ebserh informou que ainda não foi notificada oficialmente da liminar. O Hospital Universitário Walter Cantídio é vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC).

Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer

O Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019, divulgou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) na Estimativa 2018 de Incidência de Câncer no Brasil. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres.

Considerado menos letal, o câncer de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos diagnosticados por ano. Se esses casos não forem levados em consideração; as mulheres brasileiras terão como tipos de câncer mais incidentes o de mama (59 mil casos); de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil).

Entre os homens, a próstata é a parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença; com 68 mil casos, seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil.

O perfil da incidência de câncer no Brasil varia de acordo com a região, se assemelhando mais a países desenvolvidos nas Regiões Sul e Sudeste; com mais tumores de intestino e menor incidência de câncer de colo de útero em mulheres e estômago em homens.

Nordeste e Norte

Nas regiões Nordeste e Norte, o câncer de estômago tem uma incidência maior entre homens; e o câncer de colo de útero ainda está mais presente entre as mulheres. Esses dois tipos de câncer são mais associados a infecções; possuem maior potencial de prevenção e têm maior incidência em países menos desenvolvidos.

Os homens devem apresentar mais casos de câncer que as mulheres em 2018; com cerca de 300 mil casos, enquanto elas devem ter 282 mil novos casos.

Ao apresentar os dados, o Inca exibiu vídeos de pessoas que se curaram de câncer e reforçou a campanha contra a estigmatização da doença; que tem como slogan “o câncer não pode acabar com a vontade de viver”.

Desinformação sobre a doença

O instituto reforçou também a necessidade de combater a desinformação sobre a doença, promovendo um debate sobre fake news, saúde e câncer. A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho Mendes destacou; que as notícias falsas podem afastar as pessoas do tratamento correto e gerar frustrações.

– A proliferação de mensagens falsas e incompletas leva muitos a seguir conselhos que na maioria das vezes são desprovidos de qualquer embasamento científico – disse a diretora ao destacar que um terço dos casos de câncer podem ser evitados, por serem associados a fatores como o tabagismo, a inatividade física, a obesidade e infecções como o HPV.

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