A penhora foi determinada pelo juiz Mario Chiuvite Junior, da 22ª Vara Civil. A sentença contra os tucanos foi confirmada no Tribunal de Justiça. A Corte não aceitou o recurso impetrado pelo partido em favor de José Serra.
Por Redação - de São Paulo
A Justiça de São Paulo determinou, nesta sexta-feira, a penhora de 30% do faturamento dos diretórios estadual e municipal do PSDB paulista. Os bens serão leiloados para cobrir as dívidas da campanha de José Serra a prefeito no ano de 2012.
A apreensão dos valores foi solicitada pela empresa Campanhas Comunicação Ltda, do marqueteiro Luiz Gonzalez. Ele afirma, no processo, ter R$ 8,4 milhões a receber por serviços prestados naquela eleição. Somados juros, correção monetária, multa e honorários advocatícios, a empresa teria um crédito a receber de R$ 21,5 milhões.
A penhora foi determinada pelo juiz Mario Chiuvite Junior, da 22ª Vara Civil. E foi confirmada pelo Tribunal de Justiça, que não aceitou o recurso impetrado pelo partido.
Rachadura
Em 2016, de acordo com documentos apresentados pela empresa, os diretórios do PSDB estadual e municipal obtiveram faturamento de pelo menos R$ 2,89 milhões.
O juízo aplicou; além da penhora do faturamento, multa de 10% sobre o valor atualizado do débito por considerar que o PSDB praticou "ato atentatório à dignidade da Justiça”. Houve, segundo o magistrado, o descumprimento da ordem judicial para indicar bens a serem penhorados para a quitação da dívida.
A ação judicial é mais um fator desagregador no ninho tucano. Em outro front, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria, começaram a se bicar e estabelecem, definitivamente, a divisão no ninho tucano.
Mesmo após ser recepcionado com uma chuva de ovos em Salvador, no início da semana, Doria passou a mirar no objetivo de chegar à Presidência da República. Sua movimentação aumentou depois dos afagos que recebeu do presidente de facto, Michel Temer, na terça-feira.