Lei define que Reino Unido sairá da UE em 31 de outubro, diz Johnson

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Publicado Terça, 24 de Setembro de 2019 às 08:10, por: CdB

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta terça-feira que a deliberação desfavorável da Suprema Corte sobre a suspensão do Parlamento dificulta sua tentativa.

Por Redação, com Reuters - de Nova York/Londres

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta terça-feira que a deliberação desfavorável da Suprema Corte sobre a suspensão do Parlamento dificulta sua tentativa de estabelecer um acordo para o Brexit, mas reafirmou que, conforme a lei, o Reino Unido deixará a União Europeia em 31 de outubro.
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Johnson prometeu tirar o Reino Unido da UE até o prazo final de 31 de outubro
– Como a lei está atualmente, o Reino Unido deixa a UE em 31 de outubro, haja o que houver, mas o mais empolgante para nós agora é conseguir um bom acordo – disse Johnson a repórteres em Nova York. – E é nisso que estamos trabalhando. E, para ser sincero, isso não é facilitado por esse tipo de ação no Parlamento ou nas cortes – acrescentou. – Conforme a lei, saímos em 31 de outubro, e eu estou muito esperançoso que consigamos um acordo e acredito que o que o povo do nosso país deseja é encerrar esse assunto e é isso que vamos fazer.

Câmara dos Comuns

A câmara baixa do Parlamento britânico, a Câmara dos Comuns, terá sessão na quarta-feira depois que a Suprema Corte decidiu que a suspensão do Parlamento promovida pelo primeiro-ministro Boris Johnson foi ilegal, disse o presidente da Casa, John Bercow. – Eu instruí as autoridades da Câmara a se prepararem não para a reconvocação, a suspensão era ilegal e é nula, a se prepararem para a retomada dos trabalhos da Câmara dos Comuns –  disse ele a repórteres. – Especificamente, instruí as autoridades da Câmara a tomar as medidas necessárias para garantir que a Câmara dos Comuns esteja reunida amanhã às 11h30 – acrescentou.

Brexit

O negociador da União Europeia para o Brexit disse na segunda-feira que é difícil ver uma maneira de romper o impasse do Brexit, já que a demanda do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de abandonar a “apólice de seguro” para a fronteira irlandesa é inaceitável. As esperanças de um acordo para facilitar a transição foram reanimadas quando Johnson afirmou que estava surgindo o esboço de um acerto e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que um acordo era possível. Mas o negociador da UE, Michel Barnier, questionou a probabilidade de um acordo e reafirmou que o bloco não poderia concordar com a exigência de Londres de remover o bacsktop irlandês, uma política para impedir o retorno dos controles de fronteira na ilha da Irlanda, sem uma alternativa séria. – Tenho certeza que vocês entendem que isso é inaceitável – disse Barnier durante uma entrevista coletiva em Berlim. Fontes da UE disseram que nenhuma alternativa adequada para a fronteira entre a Irlanda do Norte, uma província britânica, e a Irlanda que garanta a integridade do mercado único e da união aduaneira da UE foi proposta ainda por Londres, portanto, não há perspectivas de avanço imediato. Após uma reunião com Johnson à margem da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, escreveu no Twitter: “Não houve avanço... Não há tempo a perder”. Johnson prometeu tirar o Reino Unido da UE até o prazo final de 31 de outubro, com ou sem um acordo de transição.
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