Líder dos sem-teto, Boulos convoca esquerda a se unir em torno do apoio a petista

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Publicado Segunda, 15 de Janeiro de 2018 às 15:13, por: CdB

 

Boulos também afirma que é preciso saber "estar do lado certo da história"; e diz que é inadmissível que o Poder Judiciário queira definir as eleições no 'tapetão'. O líder sem-teto defende a presença da esquerda em Porto Alegre, dia 24, durante o julgamento de Lula.

 

Por Redação - de São Paulo

 

Possível candidato do PSOL à Presidência da República, em 2018, o cientista social Guilherme Boulos afirmou; em vídeo distribuído nesta segunda-feira, nas rede sociais, que a esquerda precisa ter unidade em questões importantes como a defesa da democracia. Refere-se ao direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; de ser candidato à Presidência em 2018. Mais do que isso, ele também convoca a população a Porto Alegre no dia 24 de janeiro.

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Líder do MST, o cientista social Guilherme Boulos não teme enfrentar as forças de repressão

— É preciso ocupar as ruas – e é nelas que estaremos — promete.

Boulos também afirma que é preciso saber "estar do lado certo da história"; e diz que é inadmissível que o Poder Judiciário queira definir as eleições no tapetão.

Nível internacional

Ainda nesta segunda-feira, o ex-chanceler Celso Amorim disse, em entrevista ao jornal argentino Página 12, que a democracia, no Brasil, corre risco. Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar as eleições; em decorrência do julgamento pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV), no próximo dia 24, o "evento terá graves consequências no Brasil. Lula foi condenado no processo do tríplex do Guarujá. Caso a sentença seja confirmada, Amorim calcula que haverá consequências, possivelmente; além de nossas fronteiras. "Seria uma forma de agressão contra a democracia na América Latina”, afirmou.

— Se o TRF-IV deixar Lula fora da disputa, o Brasil enviará outro sinal negativo; o Brasil tem um peso indubitável que tem repercussões. Para o bem ou o mal, nos países vizinhos. Eu não quero fazer simplificações simplistas, mas acho que Moro e outros magistrados estão usando suas posições para perseguir líderes progressistas, eu entendo que isso também acontece na Argentina— disse Amorim.

Arbitrariedade

O ex-chanceler ressalta que "o procurador encarregado do caso Lava Jato, Deltan Dallagnol, sem provas, acusou Lula com base em 'condenações". Mais tarde, o juiz Moro elaborou uma frase igualmente frágil do ponto de vista jurídico; uma vez que admite falta de provas relacionadas com Lula com a compra do apartamento que seria produto de uma manobra fraudulenta.

No resto do mundo eles estão entendendo que esse processo está atormentado pela arbitrariedade; que foi instrumentado para evitar que as pessoas escolhessem; livremente, seu presidente nas eleições de outubro.

— O que está em jogo é a democracia, no Brasil, o golpe militar clássico dos anos 70 foi substituído por um golpe de mídia judicial— concluiu.

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