Lula afirma que FHC mantém relação promíscua com o Congresso Nacional

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Publicado Terça, 23 de Julho de 2002 às 09:47, por: CdB

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje que o Congresso não é obstáculo para o Governo. O petista, em palestra para empresários do Instituto Ethos, na capital paulista, endureceu as críticas a Fernando Henrique Cardoso e disse que o presidente estabeleceu uma relação "promíscua" com o Legislativo. "Fernando Henrique tinha uma relação de soberania com o Congresso, mas resolveu, em 1996, priorizar a reeleição. Ele cometeu um erro que jamais um cientista político como ele poderia ter cometido. Ele permitiu que fosse criada uma relação promíoscua entre Legislativo e Executivo", disse ele, acrescentando ainda que é "sabido que houve compras de votos para a aprovação da reeleição". Para Lula, que disse estar acostumado a fazer política, a relação com o Congresso não será obstáculo para seu eventual governo. "Maioria você estabelece com interlocução e relação séria. Se o presidente estabelece uma relação promíscua, ele vai colher o que plantou. E poucos presidentes desrespeitaram o Congresso como o Collor (Fernando Collor de Mello) e o Fernando Henrique Cardoso", disse Lula. Ele afirmou ainda que o Congresso Nacional "foi subserviente e aprovou mais medidas provisórias do que os militares aprovaram decretos-lei". Durante cerca de duas horas, Lula, acompanhado de seu vice, o senador José Alencar (PL-MG) reiterou a importância de se colocar em prática projetos sociais no País. "Se for para trabalhar de dia para pagar os juros da noite, para produzir superávits primários e satisfazer ao FMI, não precisa o PT ganhar. O PT precisa vencer a eleições para se colocar em prática as questões sociais do País". Durante o encontro com os empresários, Lula evitou, quando questionado, fazer crítica a seus adversários. O petista reiterou que fará uma campanha sem atacar os candidatos dos outros partidos. Lula foi aplaudido de pé pelos 378 empresários que assistiram à sus exposição. À tarde, o petista viaja para Brasília, onde, às 15h, lança seu plano de governo.

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