Maia desautoriza titular da Fazenda, que volta atrás e nega aumento de impostos

Arquivado em:
Publicado Terça, 29 de Maio de 2018 às 14:46, por: cdb

Pré-candidato do DEM à Presidência da República, Maia disse a jornalistas, nesta terça-feira; que não há chance de o Congresso aprovar aumento de impostos.

 
Por Redação - de Brasília
  Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) chamou de “irresponsável” a declaração do titular da Fazenda, Eduardo Guardia; sobre a necessidade de aumento de impostos. A elevação das taxas serviria para o governo financiar o custo com as medidas anunciadas para encerrar a greve dos caminhoneiros.
Maia, na Presidência da Câmara, passa a articular a votação da reforma da Previdência
Maia, na Presidência da Câmara, passou uma descompostura no titular da Fazenda
Pré-candidato do DEM à Presidência da República, Maia disse a jornalistas, nesta terça-feira; que não há chance de o Congresso aprovar aumento de impostos. Guardia havia sugerido a medida — Não vai ter, porque isso aqui é uma democracia e ele (Guardia) não manda no Congresso Nacional — disse o deputado na Câmara.

Descompostura

Ainda segundo Maia, o que Guardia declarou “foi muito irresponsável”. — Num momento de crise, que está se tentando debelar, diminuir a mobilização, tentar colocar o Brasil no eixo novamente; ele vem falar de aumento de imposto. O movimento todo tem de fundo a questão de não ter aumento de imposto. E ele fala o contrário. (Guardia) Sabe muito bem que no Congresso não haverá aumento de imposto — acrescentou. Nesta manhã, Guardia desdisse a declaração anterior. Segundo afirmou “em nenhum momento” o governo trabalha com aumento de impostos para compensar a queda de preços do diesel. Voltou atrás, portanto, em relação ao que havia dito na véspera; quando citou a medida como uma solução para compensar as perdas fiscais. — O mecanismo que governo adotará será a redução de incentivos fiscais para compensar queda de impostos sobre diesel — disse Guardia; em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Benefícios fiscais

Na véspera, o ministro afirmou que o governo teria que aumentar impostos ou retirar benefícios tributários para cobrir parte do custo da redução de R$ 0,16 em PIS/Cofins e Cide sobre o diesel, calculado em R$ 4 bilhões no total. — Haverá aumento (de impostos) para alguém? Sim — disse; na ocasião. Guardia acrescentou que o movimento não aumentaria a carga tributária; pois apenas compensaria a perda que seria registrada na outra ponta. Aos parlamentares, Guardia argumentou estava citando eventual aumento de impostos dentro das possibilidades previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). E que o governo irá optar pela redução de benefícios fiscais “que não vai afetar a carga de impostos para a população em geral, vão afetar segmentos empresariais específicos”. A fala de Guardia na véspera fez surgir críticas no setor empresarial e no Congresso, num ano eleitoral marcado por fortes incertezas.
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo