Mais Médicos atendeu 63 milhões de pessoas em dois anos

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Publicado Quinta, 09 de Julho de 2015 às 11:38, por: CdB
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O Programa Mais Médicos atualmente garante assistência à saúde de 63 milhões de pessoas
Criado para enfrentar o problema histórico da falta de médicos no Brasil e principalmente nas regiões mais carentes, o Programa Mais Médicos atualmente garante assistência à saúde de 63 milhões de pessoas, em 72,8% dos municípios brasileiros e em 34 distritos indígenas. No total, são 18.240 médicos em 4.058 municípios (72,8% das cidades brasileiras) e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Além de levar médicos para Unidades Básicas de Saúde (UBS) do interior e periferias das grandes cidades, o programa também desenvolve medidas de caráter permanente, em conjunto com o Ministério da Educação, para ampliar a oferta de vagas de graduação em Medicina e universalizar a residência médica, que vai garantir, gradualmente, cada vez mais médicos e especialistas atuando no País. O governo federal quer criar, até 2017, 11,5 mil novas vagas de graduação em Medicina e 12,4 mil de residência médica até 2018. Já foram autorizadas 4.680 novas vagas de graduação, sendo 1.343 em universidades públicas e 3.337 vagas em instituições privadas. A meta do Ministério da Saúde é atingir em 2026 o índice de 2,7 médicos por mil habitantes, o mesmo número do Reino Unido que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter universal. O Mais Médicos é uma das ações do Ministério da Saúde para promover a melhoria do atendimento da Atenção Básica, na qual estão inseridos os postos de saúde e as equipes do saúde da família. De acordo com o ministério, a Atenção Básica é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde da população sem necessidade de encaminhamento a hospitais. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde apontou que 93% dos médicos brasileiros estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a participação no programa. O levantamento foi feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Ao todo, foram realizadas 391 entrevistas nas cinco regiões do País com médicos do programa, no período de 17 a 23 de novembro de 2014. Pela pesquisa, 90% dos profissionais com CRM Brasil responderam que indicariam a participação para outros médicos. O contentamento com a supervisão também foi alto. Os médicos deram, em média, nota 9,3 para seu relacionamento com o supervisor. O interesse desses profissionais se refletiu na seleção para o programa este ano. Do total de 4.139 oportunidades apresentadas nos editais de 2015 (em 1.289 municípios e 12 DSEI), 3.752 foram ocupadas por médicos com CRM Brasil. Para ocupar as vagas restantes, foram selecionados outros 387 médicos brasileiros que se formaram no Exterior. Eles já começaram a trabalhar em 238 municípios e 10 distritos indígenas esta semana. Satisfação da população Para a população beneficiada pelo Mais Médicos, o programa melhorou o atendimento e o acesso à saúde. Pela pesquisa feita pela UFMG e Ipespe, 85% disseram que a qualidade do atendimento médico está melhor ou muito melhor após a chegada dos profissionais do programa. Para 87%, a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde. Foram entrevistados 14 mil pessoas entre novembro e dezembro de 2014 em 699 municípios atendidos pela iniciativa. Ao avaliar os serviços de saúde, as pessoas entrevistadas apontaram, de forma espontânea, que o número de consultas (41%), o fato dos médicos estarem mais atenciosos (35%) e o tempo maior de consulta (8%) foram os fatores que contribuíram para a melhoria no serviço. Já sobre os pontos positivos promovidos pelo programa, 60% destacaram a presença constante do médico e o cumprimento da carga horária e 46% disseram que o acesso às consultas melhorou. A pesquisa também mostrou os pontos que a população considera que deverão ser aperfeiçoados: falta de especialistas (63% destacaram este ponto) e acesso mais rápido aos exames (45%). Ao atribuir uma nota ao programa, a população apontou 9,0. Já os gestores classificaram com a nota 8,7 e os próprios médicos, 9,1.
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