Manifestantes marcham no Wisconsin contra o racismo e a violência policial

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Publicado Domingo, 30 de Agosto de 2020 às 12:08, por: CdB

Jacob Blake Sr., pai do homem negro de 29 anos que foi alvejado por um policial branco no último domingo, o que gerou protestos em todo país, pediu aos manifestantes que evitassem saques e vandalismo.

Por Redação, com Reuters - de Kenosha, WI-EUA
Cerca de mil pessoas marcharam por Kenosha, no Estado norte-americano de Wisconsin, no sábado, cantando “Black Lives Matter” e “No Justice, No Peace”, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos de visitar na próxima semana a cidade que tem sofrido com a violência urbana.
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Manifestantes protestaram contra os atos de violência racista nos EUA, durante a noite passada
Jacob Blake Sr., pai do homem negro de 29 anos que foi alvejado por um policial branco no último domingo, o que gerou protestos em todo país, pediu aos manifestantes que evitassem saques e vandalismo, depois que atos de violência ofuscaram os protestos pacíficos antes de uma calmaria, ainda que tensa, nas últimas três noites. — As boas pessoas desta cidade entendem. Se destruirmos algo, não teremos nada. Parem com isso. Mostrem ao menos por uma noite que não precisamos destruir nada — disse ele a uma multidão e um parque que foi o centro de protestos em apoio a seu filho, Jacob Blake Jr.

Manifestações

Os tiros em Blake, na frente de três de seus filhos, transformaram a cidade predominantemente branca de 100 mil habitantes ao sul de Milwaukee no mais recente ponto de inflamação em um verão repleto de manifestações nos EUA contra a brutalidade policial e o racismo. Trump, que assumiu uma postura linha-dura contra os protestos, visitará Kenosha na terça-feira para se encontrar com policiais e avaliar os danos, disse um funcionário da Casa Branca a repórteres. — O que eu gostaria de dizer ao senhor presidente é que os membros do Black Lives Matter não são os bandidos, nem os saqueadores. Ele está nos culpando, e não é assim que as coisas devem ser — disse Clyde McLemore, fundador de um grupo do movimento antirracista na área de Kenosha. Blake sobreviveu aos tiros dos policiais, mas ficou gravemente ferido e paralisado da cintura para baixo. Ele provavelmente participará de uma audiência por meio de vídeo de seu quarto de hospital na próxima semana a respeito das acusações criminais que antecederam o ataque dos policiais, disse seu advogado à agência inglesa de notícias Reuters no sábado, acrescentando que ele se declarará inocente.
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