Mercado corporativo acompanha aquisições no segmento financeiro

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Publicado Sexta, 21 de Agosto de 2020 às 11:33, por: CdB

A PagSeguro, controlada pelo grupo de internet UOL, afirmou em comunicado ao mercado que a Wirecard Brasil que a transação é complementar a seus principais negócios. A companhia informa, ainda, que há a aquisição de cerca de 200 mil clientes.

Por Redação - de São Paulo
O mercado corporativo acompanhou, nesta sexta-feira, o anúncio do PagSeguro sobre a compra das operações no Brasil do grupo alemão de meios de pagamento Wirecard, que entrou em colapso neste ano, após um escândalo de fraude contábil. O valor do negócio ainda não foi revelado.
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O mercado financeiro tem apoiado fusões e aquisições ao longo deste ano
A PagSeguro, controlada pelo grupo de internet UOL, afirmou em comunicado ao mercado que a Wirecard Brasil tem mais de 200 mil clientes e que a transação é complementar a seus principais negócios. A companhia afirmou ainda que a operação vai permitir a oferta de contas digitais 100% omnichannel. Segundo a empresa, os produtos da Wirecard Brasil estão integrados em mais de 40 sistemas de lojas online. O negócio surge com a disparada do mercado de comércio eletrônico no Brasil causada pelas medidas de isolamento social e pode reforçar operações da PagSeguro, conhecida pelas maquininhas amarelas de pagamento em lojas físicas.

Software

A PagSeguro deve divulgar resultados do segundo trimestre, em que muitas empresas de varejo físico reportaram dificuldades, na próxima semana. No primeiro trimestre, a empresa teve lucro de 357 milhões de reais, crescimento de 15% sobre um ano antes. No período a empresa teve alta da base de clientes da ordem de 25%, para 5,5 milhões. O negócio da PagSeguro com a Wirecard também foi anunciado após a rival Stone fazer acordo para comprar a produtora de software para o varejo Linx, oferta que recebeu contra-proposta da Totvs. Ainda no setor tecnológico, o grupo argentino de viagens Decolar.com anunciou nesta sexta-feira que levantou US$ 200 milhões em dois investimentos na empresa e acertou acordo para comprar a fintech brasileira Koin.

Prejuízo

A Decolar disse que pretende usar o valor levantado nos dois investimentos recebidos, da Waha Capital e da L Catterton, para gastos corporativos em geral e potenciais aquisições. A compra da Koin, empresa que oferece soluções online de parcelamento via boleto, foi realizada com a capitalização de recebíveis da Decolar no valor total de R$ 20 milhões, informou a empresa. A Decolar afirmou que tem oferecido a solução de boleto parcelado da Koin no Brasil desde início de 2019. A Decolar encerrou o segundo trimestre com prejuízo de US$ 57 milhões, ante resultado negativo um ano antes de US$ 16,5 milhões. O Ebitda ajustado ficou negativo em US$ 65,8 milhões após resultado também negativo de 7,3 milhões no segundo trimestre de 2019.
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