Mercado projeta taxa Selic a 5,25% no próximo ano, informa Boletim Focus

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Publicado Segunda, 26 de Agosto de 2019 às 07:47, por: CdB

Para este ano a projeção da taxa deve ficar em 5%. Atualmente, a Selic está no piso histórico de 6,0%

Por Redação, com Reuters - de São Paulo O mercado passou a ver a taxa básica de juros ainda mais baixa em 2020, em meio a reduções tanto nas expectativas para a inflação quanto para o crescimento neste ano e no próximo. A pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira mostrou que a Selic deve terminar 2020 a 5,25% na opinião dos economistas consultados, de 5,50% estimados antes. Para este ano, continua projeção de 5%. Hoje, a Selic está no piso histórico de 6,0%.
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A pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira mostrou que a Selic deve terminar 2020 a 5,25% na opinião dos economistas consultados
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo os juros a 5% em 2019 e a 5,13% em 2020, na mediana das projeções. O levantamento semanal apontou que as expectativas para a alta do IPCA recuaram respectivamente a 3,65% e 3,85% neste ano e no próximo, de 3,71% e 3,90% antes. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Queda do PIB Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento agora é de 0,80% em 2019, 0,03 ponto percentual a menos, com a produção industrial quase estagnada com um aumento de apenas 0,08% previsto, de 0,15% na semana anterior. Em 2020 o crescimento do PIB foi calculado em 2,10%, de 2,20% antes. Prévia da inflação O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 22 que os preços de Transportes, alimentos e saúde recuaram em agosto e a prévia da inflação oficial do Brasil ficou abaixo do esperado, na mínima para o mês em 9 anos, favorecendo a perspectiva de mais cortes na taxa básica de juros neste ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em agosto variação positiva de 0,08%, após avanço de 0,09% no mês anterior. Esse foi o resultado mais fraco para um mês de agosto desde o recuo de 0,05% em 2010. Nos 12 meses até agosto, o IPCA-15 chegou a uma alta de 3,22%, de 3,27% até julho, permanecendo confortavelmente abaixo da meta oficial de inflação do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,18% na comparação mensal e de 3,34% em 12 meses. Segundo o IBGE, a queda de 0,78% nos preços de Transportes depois de recuarem 0,44% e julho exerceu o maior impacto negativo no índice do mês. A gasolina registrou queda pelo segundo mês consecutivo, de 1,88%, enquanto os preços do etanol caíram 1,09% e do óleo diesel recuaram 1,70%. Já as passagens aéreas caíram 15,57%. Já os grupos Alimentação e bebidas e Saúde e Cuidados pessoais caíram respectivamente 0,17% e 0,32%, depois de subirem 0,03% e 0,34% no mês anterior. Entre as altas, a maio foi de Habitação, de 1,42%, influenciado principalmente pelo 7º mês consecutivo de aumento da energia elétrica (4,91%).
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