Militares do Iêmen eliminam líder da Al-Qaeda

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Publicado Segunda, 26 de Setembro de 2016 às 11:36, por: CdB

Nos últimos meses, após o início da ofensiva militar do exército iemenita com o apoio da coalizão árabe, muitos adeptos da Al-Qaeda transferiram-se das províncias do sul e do leste

Por Redação, com Sputnik - de Beirute:

Militares do Iêmen eliminaram combatente que pode ser líder da organização terrorista Al-Qaeda. Operação ocorreu na província de Abyan, no sul do país.

Segundo fontes das forças de segurança iemenitas, citadas pela agência France Press, os militares invadiram a casa onde morava o suspeito Abdullah Hubaibat, nos arredores da cidade de Loder. O militante foi morto durante o confronto com os militares em sua casa.

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Militares do Iêmen eliminaram combatente que pode ser líder da organização terrorista Al-Qaeda

Como resultado da operação um agente de segurança morreu e outro ficou ferido. Segundo as fontes, dois supostos militantes ficaram feridos e um foi detido.  As forças do governo, apoiadas pelas forças da coalizão, entraram em agosto na capital da província de Abyan, a cidade de Zinjibar, e retomaram o controle de outras cidades da província. Nos últimos meses, após o início da ofensiva militar do exército iemenita com o apoio da coalizão árabe, muitos adeptos da Al-Qaeda transferiram-se das províncias do sul e do leste.

Desde 2014 acontece um conflito militar no Iêmen entre os insurgentes Huthis do movimento xiita Ansar Allah e parte do exército leal ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh de um lado, e milícias leais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.

Uma coalizão de países árabes liderados pela Arábia Saudita está travando uma guerra do lado do governo iemenita desde março de 2015. Em resposta, os Huthis quase diariamente atacam áreas de fronteira da Arábia Saudita com mísseis balísticos, que geralmente são interceptados pela defesa aérea saudita.

Armas dos EUA

O grupo islamista Frente al-Nusra é considerado nos EUA uma organização terrorista – pelo menos oficialmente.

Um dos mais importantes comandantes do grupo assegura que “os norte-americanos estão do nosso lado”. Durante entrevista, ele comunicou sobre o fornecimento direto dos EUA de armas, chegando a nomeá-las. Segundo um dos comandantes da Frente al-Nusra, a organização terrorista recebe armas dos Estados Unidos. Eles forneceram os sistemas antitanque TOW, disse o comandante ao correspondente do jornal Kolner Stadt-Anzeiger, Jurgen Todenhofer.

Na região de Aleppo, o grupo Frente al-Nusra é o mais poderoso. Anteriormente estes islamistas mantinham aliança com o grupo Al-Qaeda. Quando perguntado se as armas do grupo eram fornecidas pela assim chamada "oposição moderada", o militante da al-Nusra disse que as armas são fornecidas "diretamente pelos EUA". "Os americanos estão do nosso lado", acrescentou. Contudo, a cooperação não é realizada de acordo com os planos dos militantes.

O comandante da Frente al-Nusra falou sobre o bombardeio do comboio humanitário da ONU.

A entrevista aconteceu há 10 dias. O comandante disse que o comboio da ONU seria atacado se as tropas governamentais sírias não se retirassem. "O regime deve abandonar todos os territórios e assim deixaremos passar o comboio humanitário. Se um caminhão tentar passar mesmo assim, vamos deter o motorista", informa.

Segundo o militante, a Frente al-Nusra não está pronta para fazer concessões. "Nós vamos lutar até o regime ser derrotado", conclui.

Ataques

A coalizão liderada pelos EUA realizou 27 ataques aéreos no domingo contra posições do Estado Islâmico (autodenominado Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, segundo um comunicado de imprensa emitido nesta segunda-feira pela força-tarefa conjunta da Operação Resolução Inerente.

– Na Síria, forças militares da coalizão realizaram 10 ataques usando aeronaves de ataque, bombardeiros, caças e drones contra alvos do ISIL (Daesh) – diz o informe. "Além disso, no Iraque, as forças militares da coalizão realizaram 17 ataques coordenados com e em apoio ao governo do Iraque".

Na Síria, os ataques aéreos foram lançados perto de cinco localidades, incluindo Manbij, Abu Kamal e Mara, e atingiram tanques de petróleo, um veículo, seis posições de combate, um tanque e um sistema de morteiros.

Os ataques aéreos no Iraque foram lançados perto de nove locais, incluindo Mossul, Ramadi, Hit e Kisik, e destruíram cinco edifícios controlados pelo Daesh, quatro veículos, uma embarcação, três túneis, três esconderijos de armas e três posições de combate. A coalizão liderada pelos EUA envolve mais de 60 nações que, juntas, vêm realizando ataques aéreos contra o grupo terrorista na Síria e no Iraque desde 2014. Os bombardeios na Síria, no entanto, não são autorizados pelo governo legítimo do presidente Bashar Assad, nem tampouco pelo Conselho de Segurança da ONU.

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