Moradores da Ilha do Governador usam barca para fugir de engarrafamento

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Publicado Quinta, 13 de Setembro de 2001 às 11:33, por: CdB

Com medo do engarrafamento na Estrada do Galeão, moradores resolveram utilizar o transporte marítimo para sair da Ilha do Governador na manhã de ontem. A demora de até uma hora e meia para ir da Portuguesa até a Avenida Brasil - percurso que normalmente é cumprido em apenas quinze minutos - fez com que aumentasse a procura pelas barcas e catamarãs na estação da Ribeira. Se na segunda-feira 5.869 pessoas utilizaram o transporte marítimo das 6h30min até o meio-dia, ontem, somente até as 9h30min, 5.962 passageiros já haviam passado pelos guichês das barcas e catamarãs com destino à Praça Quinze. Volume recorde de passageiros Segundo Rogéria Lemos, assessora da Barcas S/A, a volume de usuários, que costuma ser de mil pessoas por dia, chegou a 9.080 durante toda a segunda-feira, e a tendência ontem era de que esse número fosse alcançado ou até superado. A Barcas S/A manteve o esquema especial para suprir o aumento de passageiros, com quatro barcas extras saindo da Ribeira pela manhã, além das quatro normais, mais três barcas extras saindo à noite no sentido oposto e catamarãs a cada meia-hora da Ribeira para a Praça Quinze, de 7 às 11 horas e de volta para a Ilha de 16h30min às 20h30min, com o mesmo intervalo. Segundo a Concessionária Barcas S/A, em dias normais a linha Praça Quinze - Ribeira opera com apenas uma barca, com um intervalo de uma hora e meia. Ônibus e vans legalizadas também participaram do esquema, com o aumento das linhas que servem à Ribeira e o desvio de linhas de outros bairros da Ilha, que estão fazendo baldeação na estação das barcas. Alternativa de local para a estação O presidente da Federação das Associações de Moradors da Ilha do Governador (Famig), Walter Bragante, acredita que a Ilha nem precisaria desse esquema especial, caso a estação das barcas já tivesse sido transferida para o Cocotá. “Como se trata de um bairro central, por onde muitas linhas de ônibus já passam normalmente, as barcas seriam muito mais utilizadas, evitando os grandes engarrafamentos”, argumenta, ressaltando que o projetos da estação de barcas no Cocotá já existe há 16 anos. De acordo com a assessora da Barcas S/A, existe o interesse de mudar o local da estação por parte da empresa, “mesmo porque a estimativa é de que utilização aumentaria de mil para 5 mil passageiros diários”. Rogéria Lemos alega que a obra no Cocotá ainda não pôde ser iniciada devido à falta de documentos necessários, como licença ambiental da Feema e autorização da Capitania dos Portos.

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