Mortes e protestos aumentam a tensão na Venezuela

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Publicado Segunda, 06 de Janeiro de 2003 às 17:10, por: CdB

Depois das mortes e protestos dos últimos dias, a Venezuela começa a semana ainda distante de uma solução para a crise política que atinge o país. No domingo, o presidente Hugo Chávez fez um pronunciamento na televisão no qual disse que irá encontrar os responsáveis pela morte de dois de seus simpatizantes, na sexta-feira passada. Chávez acusou a polícia de Caracas - que é controlada pelo prefeito da cidade e um de seus opositores - pelas mortes e criticou as empresas de mídia do país por apoiar a greve geral que já dura cinco semanas. A polícia nega a responsabilidade pelas mortes e diz que dois de seus agentes foram feridos por tiros disparados por seguidores do presidente contra um quartel na capital no fim de semana. Documento Também no domingo, milhares de pessoas compareceram aos enterros das duas pessoas mortas na sexta-feira. Os protestos foram acompanhados por representantes do governo, como o vice-presidente José Vicente Rangel. Rangel inclusive aproveitou o momento em que o cortejo passou em frente ao hotel Meliá, onde estão ocorrendo as negociações entre o governo e a oposição, para entregar um documento pela paz a representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA). A OEA está intermediando as negociações. O vice-presidente também acusou a polícia de Caracas pelas mortes de sexta-feira. Representantes da oposição afirmam que os disparos que mataram as duas pessoas foram feitos por simpazintantes de Chávez e não por policiais. Eles argumentam que o calibre das armas usadas (40) não é o mesmo das armas dos policiais. Com as mortes, o governo decretou um "luto popular nacional", e a oposição declarou um luto ativo.

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