Mourão: governo deve ter paciência para negociar com o Congresso

Arquivado em:
Publicado Terça, 10 de Setembro de 2019 às 10:32, por: CdB

Mourão esteve reunido na manhã desta terça-feira com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Por Redação, com ABr - de Brasília O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse, nesta terça-feira, que o governo deve negociar com o Congresso, “com clareza, determinação e muita paciência”, a aprovação de medidas de interesse. - Temos que negociar com a rapaziada do outro lado ali da Praça [dos Três Poderes, o Congresso Nacional], com clareza, determinação e muita paciência - disse ao deixar o gabinete da vice-presidência, no Palácio do Planalto, em Brasília.
mourao-hamilton.jpg
Para Hamilton Mourão as mudanças que o governo quer para o país, podem ser feitas no sistema democrático.
Para ele, as mudanças que o governo quer para o país, podem ser feitas no sistema democrático. - Se não a gente não tinha sido eleito - argumentou. - A democracia é fundamental, são pilares da civilização ocidental. Vou repetir: pacto de gerações, democracia, capitalismo e sociedade civil forte, sem isso a civilização ocidental não existe - completou. Mourão esteve reunido na manhã desta terça-feira com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A pauta do encontro foi a Medida Provisória (MP) 885, de 2019, que facilita a venda de bens apreendidos em ações de combate ao tráfico de droga e reverte os recursos para o Fundo Nacional Antidrogas. A MP está em tramitação no Congresso e, segundo Ramos, deve entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados ainda esta semana. - Foi uma reunião muito produtiva. A preocupação do ministro Sergio Moro é que se consiga aprovar esse projeto - disse Ramos. Na segunda-feira, Hamilton Mourão, visitou o presidente Jair Bolsonaro no início da tarde no Hospital Vila Nova Star, na capital paulista. Mourão esteve com o presidente durante cerca de 15 minutos. De acordo com a equipe médica, o presidente Jair Bolsonaro deve permanecer internado por até 10 dias. Alvo de Carlos Bolsonaro O presidente em exercício estava, no início do ano, na mira do vereador Carlos Bolsonaro, filho ’02’ do presidente da República. Entre os dias 23 e 24 de abril foram ao menos sete ataques públicos; além da articulação de bastidores para a cassação do mandato do companheiro de governo. Carlos chegou a sinalizar uma pausa nas agressões ao general, mas seguiu na direção contrária, sem esconder que teria o apoio do pai nas mensagens que coloca Mourão na qualidade de golpista. No dia 24 de abril, 02 tentou relacionar Mourão ao ex-deputado Jean Willys, que se encontra exilado, com medo de morrer em um atentado contra a vida dele. Mourão opinou a respeito do asilo de Wyllys. Em sua visão, “o ativista poderia ter ficado no Brasil” pois o país teria condições de “protegê-lo”. A declaração incomodou Carlos Bolsonaro. Uma pesquisa realizada em maio deste ano, pela XP Ipespe, mostrou que o vice-presidente da República é considerado ótimo ou bom por 39% dos entrevistados, em tese representativos da população brasileira, superando o desempenho de Bolsonaro. Até o ministro da Economia, Paulo Guedes, com 38% de aprovação, é mais bem avaliado do que o presidente. Segundo o estudo, 20% dos entrevistados consideram o desempenho de Mourão ruim ou péssimo – no caso de Bolsonaro, são 31%. Outros 35% consideram a performance do vice regular – 31% para Bolsonaro.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo