MP descobre informações irregulares de Flávio Bolsonaro à Receita Federal

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Publicado Domingo, 22 de Dezembro de 2019 às 13:37, por: CdB

Bolsonaro recebeu quase que o dobro dos lucros da Bolsotini Chocolates e Café em relação ao sócio, que tem participação igual na empresa.

 
Por Redação - do Rio de Janeiro
  Está ainda mais delicada a posição do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) diante das investigações, em curso, no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), após a descoberta de que as retiradas em dinheiro de sua empresa chegaram a R$ 793,4 mil, nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates. O montante chega a ser 82% maior do que o lucro declarado pela Bolsotini à Receita (R$ 435,6 mil).
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Flavio Bolsonaro não explicou parte de seus rendimentos à Receita Federal
Bolsonaro recebeu quase que o dobro dos lucros da Bolsotini Chocolates e Café em relação ao sócio, que tem participação igual na empresa. Segundo as análises do MP-RJ, o filho primogênito do presidente Bolsonaro disse ter retirado R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, inaugurada em 2015. A própria Bolsotini, no entanto, informou à Receita Federal, em declarações de informações socioeconômicas e fiscais (DEFIS) relativas ao Simples nacional, que Bolsonaro obteve, na verdade, R$ 435,6 mil no período. Segundo o MP, a Bolsotini não apresentou declaração de Imposto de Renda na mesma época.

Chocolate

Os investigadores também apontam divergências nas retiradas de Alexandre Santini, responsável por metade da sociedade com Flávio Bolsonaro. De acordo com os documentos, Santini declarou lucros de R$ 288,9 mil, valor mais de R$ 24 mil abaixo da transferência que a Bolsotini informou à Receita Federal. Uma vez considerados os valores embolsados pelos dois sócios, os promotores concluem que o senador obteve quase R$ 500 mil a mais do que Santini, nos três anos iniciais de atividade da loja. O valor equivale à cota de participação que deveria ter sido paga por Santini na empresa. Na outra ponta, o MP-RJ não identificou aportes do sócio de Flávio até o fim de 2018, segundo informações vazadas à mídia conservadora carioca.
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