MPF: Cabral lavava dinheiro com comida japonesa

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Publicado Terça, 17 de Janeiro de 2017 às 10:59, por: CdB

Segundo o MPF, a empresa fez, em 2014 e 2015, transferências milionárias para o escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo

Por Redação, com agência de notícias - do Rio de Janeiro:

Investigadores do Ministério Público Federal na operação Calicute investigam a suposta participação de rede de restaurantes japoneses Manekineko na rede de lavagem de dinheiro usada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB).

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Investigadores investigam a suposta participação de rede de restaurantes japoneses Manekineko na rede de lavagem de dinheiro

Segundo o MPF, a empresa fez, em 2014 e 2015, transferências milionárias para o escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, acusado de ser o responsável por lavar parte da propina. 

Cabral e a mulher estão presos sob acusação de participarem de uma quadrilha que cobrava até 6% de propina sobre contratos de obras do Estado.

Em outra ponta, relatório do Coaf detectou que sócios e funcionários do restaurante foram beneficiários de depósitos em dinheiro feitos por uma das secretárias da ex-primeira-dama.

A rede Manekineko tem seis restaurantes no Rio, sendo três na Zona Sul. O nome faz referência à figura oriental de um gatinho que acena, símbolo de prosperidade.

Relatório da Receita Federal afirma que em 2014 o Manekineko transferiu R$ 1 milhão para a banca da ex-primeira-dama. No ano seguinte, o escritório declarou ter recebido outros R$ 2,3 milhões da rede de restaurantes.

Os R$ 3,3 milhões colocam o Manekineko como uma das principais fontes de pagamento ao escritório. Acima de empresas de grande porte como EBX, Metrô Rio e Baskem. Todas citadas em relatório do MPF como possíveis fontes de propina.

Agentes penitenciários

Com o salário de dezembro e o 13º atrasados, agentes penitenciários do Rio de Janeiro iniciaram uma paralisação na madrugada desta terça-feira. Além de cobrarem a remuneração devida. Os agentes reivindicam a melhoria das condições de trabalho. Já que os presídios estão superlotados e não houve aumento de efetivo. 

Uma das medidas dessa paralisação é não permitir que os parentes entrem para visitar os detentos. A paralisação deve durar até a próxima segunda-feira, quando uma nova assembleia será feita. Por enquanto, só será mantido o fornecimento de alimentação, o cumprimento dos alvarás de soltura e a saída de presos para atendimento médico.

Seap

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que possui um plano de segurança para manter a rotina das unidades prisionais. Mas não deu detalhes sobre esse plano e não informou qual foi a adesão dos agentes penitenciários à paralisação até a manhã desta terça.

Enquanto a polícia investiga outra ligação criminosa do ex-governador. Os servidores que administram Bangu 8, a prisão onde ele se encontra, protestam contra as péssimas condições do sistema.

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