MPL faz protesto contra aumento da tarifa em São Paulo

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Publicado Quarta, 16 de Janeiro de 2019 às 11:49, por: CdB

Preço da passagem de ônibus, trens e metrô subiu de R$ 4 para R$ 4,30, reajuste correspondente ao dobro da inflação registrada no ano passado.

Por Redação, com RBA - de São Paulo

O Movimento Passe Livre (MPL) convocou a população para o segundo protesto, nesta quarta-feira, em São Paulo, contra o aumento da tarifa do transporte público. O ato foi marcado, na Praça do Ciclista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, região central da cidade.
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Na semana passada, primeiro ato contra o aumento da tarifa ocorreu sob forte presença policial
O reajuste da tarifa para os ônibus, que passou de R$ 4 para R$ 4,30, foi anunciado pelo prefeito Bruno Covas(PSDB) ainda em dezembro, e passou a valer no dia 7. Na sequência, o governador, João Doria (PSDB), também determinou os mesmos valores para as passagens dos trens do Metrô e da CPTM, que passaram a vigorar no último domingo. O aumento, de 7,5%, é praticamente o dobro da inflação estimada em 2018, de cerca de 3,5%. A integração entre ônibus e trens também aumenta nessa porcentagem, passando a custar R$ 7,48. Já no vale-transporte, o valor da integração passou para R$ 4,57, com reajuste ainda maior, de 14,25%. Para o MPL, "nenhum aumento de tarifa é justo", ainda mais quando o salário mínimo foi reajustado em 4,61%, abaixo do índice de aumento da tarifa. "Não vamos aceitar pagar cada vez mais pra circular na cidade que nós fazemos funcionar", afirma o movimento. O primeiro ato contra o aumento ocorreu na última quinta-feira. Sob clima tenso, por conta da forte presença policial, os manifestantes se reuniram em frente em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital, e seguiram em passeata por outras ruas da região, sem que fossem agredidos pelos soldados.

Renovação de professores

A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, no último domingo, que suspendeu a liminar que barrava a contratação de professores temporários na rede pública de ensino no estado de São Paulo, foi comemorada pela Apeoesp, o sindicato da categoria, que pressionou o governo estadual a recorrer. A decisão de um acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) impedia a renovação do contrato de cerca de 8.500 professores da Categoria O, os chamados temporários. A Apeoesp considera a decisão fundamental para o início do ano letivo no estado. De acordo com o sindicato, não haveria prazo para a situação ser regularizada, o que deixaria milhares de alunos sem aulas. "O problema passa por diversas cidades. Em Piracicaba, 30% dos professores são contratados nessa modalidade. Em Mogi Mirim, são 50%. Não iria ter aula", afirma a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel. Marcos dos Santos, que há 10 anos trabalha como professor da Categoria O, relata à TVT que o salário que recebe é por aulas atribuídas. Apesar de terminar 2018 dando aulas de educação física em seis escolas, ele começou 2019 sem nenhuma garantia de emprego. "Não foi nem no final do ano passado que bateu um sentimento de preocupação, foi mais no início deste do ano, com a notícia do TJ-SP", afirma. Na capital paulista, 629 de todas as diretorias de ensino da cidade poderiam ficar sem professores de 1º a 5º ano do ensino fundamental. Outras 37 diretorias de ensino do estado, do total de 91, também seriam prejudicadas. As cidades mais afetadas pela medida seriam Campinas, Mogi Mirim, Americana, São Carlos, Araraquara e Santo André.
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