Sobe número de mortos em briga de facções no Pará

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Publicado Quarta, 31 de Julho de 2019 às 08:44, por: CdB

Os detentos eram da mesma facção e viviam juntos nas mesmas celas e foram comparsas no confronto entre facções, no presídio em Altamira.

Por Redação, com ABr - de Brasília

Mais quatro presos participantes da briga entre facções no presídio em Altamira (PA) foram mortos na terça-feira durante o traslado de Novo Repartimento a Marabá. Ao chegarem ao destino, os agentes encontraram os detentos mortos por sufocamento em duas celas.
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Mais quatro presos participantes da briga entre facções no presídio em Altamira (PA) foram mortos
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará. A ação ocorreu entre 19h de terça e 1h desta madrugada, e as razões das novas mortes estão sendo investigadas. Todos os 26 presos remanescentes serão colocados em isolamento. Os detentos eram da mesma facção e viviam juntos nas mesmas celas e foram comparsas no confronto entre facções, no presídio em Altamira, que deixou 58 mortos na última segunda-feira. Durante o transporte, eles estavam algemados, divididos em quatro celas que, juntas, tinham capacidade para até 40 presos e 30 eram transportados. O Estado não tem caminhão com celas individuais.

Força-tarefa

Na tarde desta quarta-feira, chegaram a Belém 10 homens da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária. A ida do grupo foi autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a pedido do governador do Pará, Helder Barbalho. A força-tarefa atuará em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos, com apoio dos sistemas Penitenciário e de Segurança Pública do estado.

Identificação

Até a noite anterior, 15 corpos de vítimas do confronto ocorrido na última segunda-feira entre o Comando Classe A (CCA) e o Comando Vermelho (CV), no presídio de Altamira, no oeste paraense, haviam sido identificados. Para agilizar o trabalho, que está sendo feito por meio de exames de DNA, desde terça reforçam a equipe em Altamira peritos odontologistas forenses, além de peritos criminais do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Belém. Nesta quarta-feira os trabalhos foram retomados às 7h.

Transferências

Até terça-feira, 16 líderes do confronto já haviam sido identificados e transferidos de forma imediata para a capital paraense, 10 deles irão, posteriormente, para o regime federal e os demais serão redistribuídos nas penitenciárias estaduais.

Presídios

Como parte de ações estratégicas para evitar novos confrontos entre facções criminosas em presídios estaduais, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) anunciou na terça-feira, que, até o fim do ano, mais cinco unidades prisionais serão entregues nos municípios de Altamira, Parauapebas, Redenção, Abaetetuba e Vitória do Xingu. "Serão mais de 2 mil vagas abertas. E neste sábado, quase 500 agentes concursados tomam posse, algo que não existia. Com essas medidas, conseguimos melhorar o quadro e o sistema", disse o titular da pasta, Ualame Machado.

Organização criminosa

Integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e policiais militares cumpriram, ‘ 108 mandados judiciais de prisão preventiva. Os alvos da investida policial são pessoas suspeitas de fazer parte de uma organização criminosa que atua em várias unidades da federação, a partir de Além das detenções autorizadas pela 3ª Vara Criminal da comarca de Londrina (PR), estão sendo cumpridos 100 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Segundo o MP, há indícios de que os investigados estão envolvidos em crimes como tráfico de drogas, comercialização e porte de armas, nesta quarta-feira sequestro de pessoas, cárcere privado, roubos, latrocínios, estelionatos, falsificações, homicídios e tentativas de homicídio. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em 40 cidades paranaenses e em uma cidade paulista não revelada pelo Ministério Público. De acordo com o MP, cerca de 300 agentes públicos participam da ação, entre promotores de Justiça, policiais e agentes penitenciários, de diversas unidades do Estado. Membros do Gaeco responsável pela chamada Operação Sicário devem fornecer mais detalhes à imprensa a partir das 10h30, durante entrevista, em Londrina.
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