Parentes de reféns japoneses no Iraque apelam ao governo

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Publicado Sexta, 09 de Abril de 2004 às 11:09, por: CdB

Os familiares dos três japoneses sequestrados no Iraque pediram nesta sexta-feira ao governo que faça o que for necessário para trazê-los de volta. Um jovem apertava um rosário budista nas mãos. Outros carregavam lenços.

Os sequestradores, membros de um grupo até então desconhecido, prometeram queimar os reféns vivos se os cerca de 550 soldados japoneses estacionados no sul do Iraque não partirem até domingo.

Com a tensão estampada no rosto, os parentes dos três reféns, Noriaki Imai, 18 anos, que terminou o ensino médio no mês passado, Nahoko Takato, 34 anos, funcionária de uma agência de ajuda humanitária, e Soichiro Koriyama, 32 anos, repórter fotográfico freelance, reuniram-se com a ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoriko Kawaguchi.

``Não consigo suportar a idéia de que meu filho seja queimado vivo'', afirmou a mãe de Koriyama, Kimiko, em uma entrevista coletiva. ``Acho que as mães de lá (do Iraque) sabem melhor como é a sensação de perder um filho na guerra. Espero que o povo iraquiano ouça nossos apelos.''

Imagens de vídeo, que não foram divulgadas no Japão, mostraram os reféns com facas contra a garganta. Takato podia ser vista gritando e cobrindo o rosto.

O pai de Imai, Takashi, afirmou que as famílias pediram a Kawaguchi que o país retirasse suas forças do Iraque. ``Mas a ministra apenas disse que passaria o pedido adiante, o que é uma grande lástima.''

As famílias também afirmaram querer se encontrar com o primeiro-ministro do país, Junichiro Koizumi.

Questionado no Parlamento sobre se receberia os familiares dos reféns, Koizumi respondeu: ``Neste momento, a chancelaria está cuidando disso.''

O governo japonês prometeu continuar com sua missão no Iraque e Koizumi afirmou em uma entrevista coletiva não ter intenção de retirar suas forças do território iraquiano.

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