O líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino, descartou a possibilidade de a base aliada e o governo discutirem a reforma da previdência, fazendo negociações com o texto da reforma tributária.
Segundo ele, os governadores não têm como reivindicar mudanças na reforma tributária para compensar eventuais perdas na previdência de seus estados, porque o efeito fiscal das mudanças propostas pela base é o mesmo da proposta original do governo.
- As metas fiscais previstas no texto original do governo para a previdência estão mantidas e em alguns casos é até favorável. Por isso, não vejo por que misturar as coisas - afirmou.
Pellegrino argumentou que todos os cálculos feitos até agora em relação a concessão da aposentadoria integral e a paridade ao servidor público demonstram que o equilíbrio fiscal e a sustentabilidade econômica da reforma da previdência estão preservados.
- Estamos perseguindo os objetivos fiscais da proposta e é um avanço porque admite o diálogo e a negociação com os servidores públicos - disse.
Outra liderança da base governista disse que as críticas dos governadores às mudanças na reforma da Previdência têm por objetivo obter vantagens na reforma tributária. Já o vice-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho, disse que o ministro da Casa Civil, José Dirceu, só ouviu a posição da base aliada para comunicá-la aos governadores, sem discutir o mérito da proposta.