A Petroforte Brasileiro Petróleo Ltda., terceira maior distribuidora de álcool e gasolina do País, teve falência decretada hoje pelo juiz da 18ª Vara Cível da Capital, Luiz Beethoven Giffoni Ferreira. A decisão acolhe pedido da Nova União S.A. Açúcar e Álcool, com sede em Serrana (SP), credora de R$ 4,7 milhões, representados por 28 duplicatas protestadas e não pagas. A dívida refere-se ao fornecimento à Petroforte de álcool anidro e hidratado. O magistrado mandou lacrar a sede da Petroforte, na capital paulista, e arrecadar todos os seus bens para pagamento dos credores, nomeando para o cargo de síndico o advogado Afonso Henrique Alves Braga. A Petroforte é de propriedade de Ari Natalino da Silva, que foi investigado por uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, presidida pelo senador Romeu Tuma. A CPI o apontou como suspeito de envolvimento em roubo de cargas, receptação e falsificação de combustível, sonegação de impostos e produção ilegal de cigarros. Em abril deste ano, Natalino chegou a ter prisão preventiva decretada pela CPI, depois de não atender três convocações para depor. A Petroforte se defendeu no pedido de falência, apresentando uma "quitação" da dívida, assinada por um suposto diretor, Airton de Freitas. Em sua sentença, o juiz Beethoven - o mesmo que preside o processo de falência do Mappin - considerou "ilegítima" a "quitação" do débito. O magistrado constatou que Airton não tem qualquer ligação com a Petroforte e seria um testa-de-ferro. Ele seria o caseiro de um sítio de propriedade de Natalino, em Atibaia.
Rio de Janeiro, Quinta, 18 de Abril de 2024
Petroforte quebra com dívidas de R$ 4,7 milhões
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Publicado Quinta, 30 de Agosto de 2001 às 13:52, por: CdB
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