A operação, batizada de Tira-Teima, se baseia na delação premiada do ex-diretor da empresa Hypermarcas, atual Hypera Pharma, Nelson José de Mello, acrescentou a fonte
Por Redação, com Reuters – de Brasília:
A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um inquérito que investiga o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), embora o parlamentar não seja alvo direto da operação desta terça, que mira em pessoas relacionadas a ele, disse uma fonte da PF.

A operação, batizada de Tira-Teima, se baseia na delação premiada do ex-diretor da empresa Hypermarcas; atual Hypera Pharma, Nelson José de Mello, acrescentou a fonte. Eunício é alvo de inquérito no Supremo por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro e é no âmbito desta investigação que se dá a Tira-Teima; acrescentou a fonte.
Segundo nota divulgada pela PF, que não dá detalhes sobre os alvos da investigação; 40 policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiânia e Fortaleza. A nota diz ainda que a Tira-Teima apura um esquema de pagamentos de vantagens indevidos de um grupo empresarial a políticos.
Medidas
– A finalidade das medidas é o buscar documentos e outros elementos de aprofundamento da investigação; considerando a notícia de doações de campanha abalizadas através de contratos fictícios – informou a PF na nota.
Procurada, a assessoria do presidente do Senado não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários. A Hypera Pharma, procurada; também não se manifestou imediatamente.
PF prende ex-diretor de empresa rodoviária
A Polícia Federal prendeu preventivamente na última sexta-feira Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa durante governos do PSDB em São Paulo, para garantir a instrução criminal após ser aceita denúncia contra ele por desvios de recursos em obras públicas, informou o Ministério Público Federal (MPF).
O ex-diretor estatal de desenvolvimento rodoviário de São Paulo, conhecido como Paulo Preto; foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato em São Paulo pelos crimes de formação de quadrilha; peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação. A denúncia foi aceita pela Justiça.
– Os mandados foram cumpridos nesta manhã pela Polícia Federal – informou o MPF em São Paulo; acrescentando que também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do ex-diretor.
O MPF
O MPF acusa o ex-diretor e outras quatro pessoas de desviar entre 2009 e 2011 o equivalente a R$ 7,7 milhões; em valores da época, na forma de dinheiro em espécie e de imóveis.
O montante seria destinado ao reassentamento de pessoas desalojadas pela Dersa para a realização das obras do trecho sul do Rodoanel; o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê; na região metropolitana de São Paulo.
A defesa de Paulo Preto não foi imediatamente encontrada para comentários.