PIB brasileiro crescerá 0,87% em 2019, projetam economistas

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Publicado Segunda, 02 de Setembro de 2019 às 08:19, por: CdB

O mercado reduziu as estimativas para a inflação, mas manteve os prognósticos para o juro básico.

Por Redação, com Reuters - de São Paulo: O mercado financeiro melhorou as estimativas para o crescimento da economia brasileira neste ano, com a taxa esperada agora sendo a mais alta desde meados de junho, na esteira de dados que mostraram na semana passada que a atividade surpreendeu positivamente no segundo trimestre.
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Analistas consultados pelo BC para a pesquisa Focus agora estimam que o PIB crescerá 0,87% em 2019, ante 0,80% uma semana antes
Analistas consultados pelo Banco Central para a pesquisa Focus agora estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 0,87% em 2019, ante 0,80% uma semana antes. Desde 21 de junho a expectativa de expansão da economia não era tão alta. Naquela data, estava em 0,87%. No dia 19 daquele mês, era de 0,89%. Para 2020, a previsão foi mantida em 2,10%. A melhora da economia em 2019 não será puxada pela indústria, já que, para os analistas consultados, o crescimento da produção industrial neste ano se manterá no já projetado 0,08%. O mercado reduziu as estimativas para a inflação, mas manteve os prognósticos para o juro básico. O IPCA previsto para 2019 caiu a 3,59% —quarta queda seguida—, ante 3,65% na semana anterior. Já a taxa básica de juros, a Selic, deverá cair a 5,00% ao ano ao fim de dezembro, mesma previsão da semana anterior. Ao fim de 2020, a Selic deverá estar mais alta, em 5,25%. Na última semana de agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a expectativa é de “alguma aceleração” nos trimestres seguintes. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Campos Neto também reforçou a mensagem já dada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião de que “a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo monetário”. Aos senadores, Campos Neto afirmou também que o grau de risco da economia brasileira percebido por agentes de mercado já é compatível com uma melhoria da nota do país pelas agências de avaliação de risco. – O alívio nas condições financeiras internacionais tem se mostrado uma janela de oportunidade para países que seguem o caminho das reformas, e vejo que estamos aproveitando essa janela – afirmou Campos Neto. O presidente do Banco Central defendeu a continuidade de reformas na economia brasileira. – Em um contexto de pouco espaço fiscal para investimentos públicos, reiteramos a importância da continuidade do processo de reformas e ajustes que gerem sustentabilidade da trajetória fiscal futura. Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, as reformas tendem a estimular o investimento privado – destacou. IBGE apontou crescimento próximo de uma recessão técnica Há uma semana, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira apresentou um resultado melhor do que o esperado em meio à retomada do investimento, mas ainda está muito próxima de uma recessão técnica. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre na comparação com o primeiro.
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