Publicado Segunda, 10 de Novembro de 2014 às 09:36, por: CdB
Uma melhor distribuição das chuvas sobre áreas produtoras de soja permitiu um salto do plantio na semana passada, de 29% para 46% da área total prevista, mas os trabalhos continuam atrasados na comparação com os últimos anos, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira.
O índice de plantio está atrás dos 59% registrados um ano atrás e dos 61% da média de cinco anos
O índice de plantio de soja está atrás dos 59% registrados um ano atrás e dos 61% da média de cinco anos.
- Embora as chuvas ainda não estejam completamente normalizadas, a melhora dos volumes e da distribuição favoreceu o plantio da soja na primeira semana de novembro - disse a AgRural em um relatório semanal.
Segundo a consultoria, plantio atrasado não significa necessariamente perda de produtividade, mas a seca de outubro pode resultar em potencial menor para a safra.
A AgRural disse trabalhar, por enquanto, com estimativas de produtividade dentro da tendência histórica. A produção de soja do país é vista em 94,9 milhões de toneladas na atual safra 2014/15.
- Não se descarta, porém, uma redução (de estimativa de safra) no início de dezembro, quando os números serão revisados - disse a AgRural.
O atraso mais relevante é verificado no Centro-Oeste. Em Mato Grosso, principal Estado produtor de grãos do país, o plantio atingiu 62% da área total prevista, contra 35% na semana anterior, mas bem abaixo dos 85% de um ano antes.
Em Mato Grosso do Sul, o plantio já estava praticamente encerrado um ano atrás (95% da área), mas atualmente alcança 68%.
Vendas
As vendas da safra brasileira de soja 2014/15 ganharam fôlego em outubro devido a preços melhores no mercado internacional e ao real mais fraco ante o dólar.
As vendas antecipadas da soja subiram para 21% da colheita esperada para esta temporada, ante 13% em setembro, disse a AgRural.
Ainda há, no entanto, um atraso ante o índice de comercialização registrado em outubro de 2013, quando 34% da safra já estava vendida.
No Centro-Oeste, as vendas passaram de 15% em setembro para 25% em outubro, contra 42% um ano antes, disse a consultoria.
Produtores rurais estavam evitando fechar negócios em meio aos baixos preços oferecidos pelo grão, cuja cotação na bolsa de Chicago tocou, no fim de setembro, o menor valor em cerca de quatro anos e meio.
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