Polícia espanhola encontra vídeo com mais ameaças

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Publicado Quinta, 08 de Abril de 2004 às 14:14, por: CdB

A polícia encontrou uma fita de vídeo em um apartamento em Leganés, na periferia de Madri, onde islâmicos radicais se suicidaram sábado passado. Na gravação, eles dão à Espanha uma semana de prazo para tirar suas tropas do Iraque e Afeganistão.

O vídeo mostra três indivíduos com roupas árabes e armados, lendo um comunicado em árabe, segundo fontes do Ministério do Interior espanhol, citadas pelas agências locais.

"As brigadas Al Mufti e Ansar Al Qaida tomaram a resolução de seguir o caminho do Jihad [Guerra Santa]", afirma o texto lido no vídeo, que pede a saída das tropas espanholas da "terra dos muçulmanos de maneira imediata".

Material

Dinheiro, documentação, mapas, explosivos e material "suficiente para preparar um novo 11 de março" foram encontrados entre os escombros do apartamento de Leganés, zona sul de Madri (capital espanhola), onde pelo menos seis militantes islâmicos radicais se suicidaram no sábado, cercados pela polícia.

As informações foram dadas por fontes judiciais que acompanham as investigações sobre os atentados de 11 de março na capital espanhola. Os ataques causaram a morte de 191 pessoas e feriram cerca de 1.500.

As fontes judiciais, que não tiveram seus nomes revelados, afirmaram que eles dispunham de documentação, mapas, explosivos preparados, material suficiente para preparar novos atentados.

De acordo com as informações, antes de se suicidar, os militantes teriam se colocado "em círculo, ao redor de um deles que usava, preso ao seu corpo, um cinto artesanal" carregado com explosivos. Alguém, que seria cúmplice dos militantes radicais que estavam no interior do apartamento, teria avisado o grupo sobre o cerco policial e conseguiu escapar.

Durante as tarefas de busca entre os entulhos, os investigadores encontraram "bastante dinheiro" em notas de 500 euros, acrescentaram as fontes. Segundo o jornal espanhol "ABC", foram descobertos cerca de 36 mil euros em várias bolsas.

O Ministério do Interior espanhol confirmou a conclusão da busca de indícios entre os escombros do apartamento.

Dos seis corpos encontrados no local, apenas quatro foram identificados, o do tunisiano Serhan ben Abdejmajid Fakhet, apelidado de "o tunisiano", considerado o "cérebro" dos atentados; o marroquino Jamal Ahmidan, apelidado "o chinês", considerado o chefe de operações do grupo; o marroquino Abdennabi Kunjaa, apelidado "Abdallah" e Asri Rifaat Anuar.

Nesta quarta-feira, fontes policiais informaram que um sétimo islâmico, acusado de pertencer ao grupo que realizou os ataques contra Madri, em 11 de março, também teria morrido no sábado, no suicídio coletivo.

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