Polícia Militar faz operação na comunidade da Rocinha 

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Publicado Segunda, 28 de Janeiro de 2019 às 13:08, por: CdB

Um policial foi atacado antes da ação da Polícia Militar dentro da comunidade, que tem uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), nesta manhã. Ele estava chegando para assumir o serviço na unidade quando foi ferido por suspeitos.

Por Redação, com agências de notícias - do Rio de Janeiro

Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Choque, GAM (Grupamento Aeromóvel) e BAC (Batalhão de Ações com Cães), todos da PM, fizeram uma operação na comunidade da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.
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Um policial foi atacado antes da ação da Polícia Militar dentro da comunidade
A PM não informou o objetivo da ação. Até o início desta manhã, não havia registro de presos ou material apreendido. Um policial foi atacado antes da ação da Polícia Militar dentro da comunidade, que tem uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), nesta manhã. Ele estava chegando para assumir o serviço na unidade quando foi ferido por suspeitos. O militar foi socorrido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul, e deve ser transferido para o HCPM (Hospital Central da Polícia Militar). O quadro de saúde dele é estável.

Milicianos

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) desencadeou no dia 22 deste mês uma operação para prender 13 integrantes de organização criminosa que atua em Rio das Pedras, Muzema e adjacências, todas no Rio de Janeiro. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, da Draco e da Core/Polícia Civil. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão. Já foram presos pelo menos cinco dos integrantes da organização, entre eles um major da Polícia Militar; o tenente reformado também da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição, que seria o chefe do grupo de milicianos, posto que dividia com o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães. Segundo nota do MPRJ, as investigações, realizadas por meio de escutas telefônicas e notícias de crimes, recebidas pelo canal Disque Denúncia, “evidenciam que os denunciados estão envolvidos em atividades de grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma; e extorsão de moradores e comerciantes, mediante cobrança de taxas referentes a ‘serviços’ prestados. Eles são acusados, ainda, de ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de ‘laranjas’; falsificação de documentos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem; utilização de ligações clandestinas de água e energia; uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder, para manutenção do domínio territorial na região de Jacarepaguá. Segundo ainda o Ministério Público, foram denunciados Ronald Paulo Alves Pereira (conhecido como major Ronald); Marcus Vinicius Reis dos Santos (Fininho); Manoel de Brito Batista (o Cabelo); Júlio Cesar Veloso Serra; Daniel Alves de Souza; Laerte Silva de Lima; Gerardo Alves Mascarenhas (conhecido como Pirata); Benedito Aurélio Ferreira Carvalho (o Aurélio); Jorge Alberto Moreth (Beto Bomba), Fabiano Cordeiro Ferreira (Mágico) e Fábio Campelo Lima.

Apuração

O MPRJ informou que “as relações estabelecidas entre os criminosos e a natureza das funções desempenhadas por cada um deles na hierarquia da organização, tais como segurança (ou braço armado), agente de cobrança de taxas, lavagem de dinheiro (na figura de laranjas), agiotagem e forte atuação no ramo ilegal imobiliário”. A denúncia indica que o Capitão Adriano, o Major Ronald e o tenente reformado da PM Maurício Silva da Costa são os líderes da organização. Já Jorge Alberto Moreth (o Beto Bomba) é presidente da Associação de Moradores de Rio das Pedras, cargo que, segundo o MP, “foi conquistado a partir de ameaças e uso de força, sendo exatamente nesta organização social onde se consolidam as transações de compra e venda dos imóveis construídos ilegalmente e a manipulação de documentos necessários à concretização de operações ilícitas”.

Homicídios

As informações divulgadas pelo Ministério Público sustentam que alguns dos integrantes do grupo também respondem pelo homicídio de Júlio de Araújo, em 24 de setembro de 2015. Araújo foi executado a queima roupa com disparos de arma de fogo desferido em sua cabeça, no que o MP acredita ter sido um crime de queima de arquivo. Na denúncia, o MPRJ requer a condenação dos denunciados, incursos, com variações conforme a atuação de cada um, em penas que vão desde acusações de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, com pena de reclusão de três a oito anos, e multa; até acusações de assassinatos.
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