Presidente eleito aceita convite para falar a investidores em Davos

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Publicado Sexta, 14 de Dezembro de 2018 às 15:47, por: CdB

As declarações do novo governo, principalmente quanto à política externa, no entanto, já causaram um estrago junto à diplomacia internacional.

 
Por Redação - de Brasília
  Na primeira aparição internacional do novo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), que deverá ocorrer no mês que vem, durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, os investidores saberão que o Mercosul não será mais o mesmo. Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, junto ao setor econômico do novo governo, Bolsonaro deverá, ainda, sair em defesa da reforma previdenciária ainda no primeiro semestre de 2019.
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Bolsonaro disse que nomeou Ernesto Araújo por sua vida pregressa no Serviço Público
As declarações do novo governo, principalmente quanto à política externa, no entanto, já causaram um estrago junto à diplomacia internacional. Futuro chanceler do Brasil, o diplomata Ernesto Araújo já avisou que pretende retirar o país do Pacto Global de Migração. O documento é apoiado por mais de 160 países, entre eles o Brasil, mas não conta com as assinaturas dos EUA ou de Israel.

Acordo

Radicalmente contrário às determinações da centro-esquerda mundial, Bolsonaro tem deixado claro aos grandes investidores que posições baseadas “em ideologias” serão rechaçadas. Tem dito, ainda, que não tem certeza se integrar o Mercosul é bom ou ruim para o Brasil. Bolsonaro, no entanto, pretende encontrar a chanceler alemã, Angela Merkel, para retomar as negociações em torno de um possível acordo entre os países sul-americanos e a União Europeia. Merkel, por sua vez, não escondeu a decepção com as posições de Bolsonaro e disse a parlamentares europeus que as negociações com o Mercosul seguem paralisadas. Segundo afirmou a chanceler alemã, o tempo está se esgotando e que o novo governo no Brasil sinalize na direção a liberar o entendimento entre os dois blocos comerciais. Futuro ministro da Economia, Paulo Guedes também afirmou que irá rever a posição brasileira quanto ao Mercosul e adiantou que a permanência no bloco não é prioridade para o novo governo. O economista recuou da posição inicial, mas deixa claro que Mercosul nunca funcionou como área de livre mercado e que seria mais lucrativo para o Brasil a construção de um acordo bilateral com a UE.
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