Prévia da inflação tem menor nível para agosto em 9 anos

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Publicado Quinta, 22 de Agosto de 2019 às 07:51, por: CdB

A queda de 0,78% nos preços de Transportes depois de recuarem 0,44% e julho exerceu o maior impacto negativo no índice do mês.

Por Redação, com Reuters - de São Paulo Os preços de Transportes, alimentos e saúde recuaram em agosto e a prévia da inflação oficial do Brasil ficou abaixo do esperado, na mínima para o mês em 9 anos, favorecendo a perspectiva de mais cortes na taxa básica de juros neste ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em agosto variação positiva de 0,08%, após avanço de 0,09% no mês anterior, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A gasolina registrou queda pelo segundo mês consecutivo, de 1,88%, enquanto os preços do etanol caíram 1,09% e do óleo diesel recuaram 1,70%
Esse foi o resultado mais fraco para um mês de agosto desde o recuo de 0,05% em 2010. Nos 12 meses até agosto, o IPCA-15 chegou a uma alta de 3,22%, de 3,27% até julho, permanecendo confortavelmente abaixo da meta oficial de inflação do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,18% na comparação mensal e de 3,34% em 12 meses. Segundo o IBGE, a queda de 0,78% nos preços de Transportes depois de recuarem 0,44% e julho exerceu o maior impacto negativo no índice do mês. A gasolina registrou queda pelo segundo mês consecutivo, de 1,88%, enquanto os preços do etanol caíram 1,09% e do óleo diesel recuaram 1,70%. Já as passagens aéreas caíram 15,57%. Já os grupos Alimentação e bebidas e Saúde e Cuidados pessoais caíram respectivamente 0,17% e 0,32%, depois de subirem 0,03% e 0,34% no mês anterior. Entre as altas, a maio foi de Habitação, de 1,42%, influenciado principalmente pelo 7º mês consecutivo de aumento da energia elétrica (4,91%). O BC reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, à nova mínima histórica de 6% ao ano. A autoridade monetária vem indicando em sua comunicação que o processo de afrouxamento poderá seguir adiante em meio à fraqueza econômica, inflação bem comportada, melhora no ambiente externo e avanço da reforma da Previdência. A fraqueza da atividade vem alimentando expectativas de mais cortes na taxa básica de juros. A mais recente pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira, mostra que os economistas estimam a Selic a 5,00% neste ano, com crescimento do PIB de 0,83% e inflação de 3,71%. Na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) informou que a expectativa dos consumidores para a inflação anual recuou 0,2 ponto percentual, passando 5,3% em julho para 5,1% em agosto. Na comparação com o mesmo mês em 2018 o recuo ficou em 0,6 p. p. Foi a segunda redução seguida desde junho quando ficou em 5,4%.
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